É CORRETO DIZER QUE DEUS
TEM APENAS UM NOME ?
As Testemunhas de Jeová ensinam que Deus tem apenas um nome e que
esse nome é Jeová, e os demais nomes que encontramos
na Bíblia são apenas títulos. O cuidado da entidade no
desenvolvimento dessa doutrina é simplesmente para
evitar a ambiguidade da palavra “SENHOR”, com relação
ao Pai e ao Filho. Eliminando a possibilidade de chamar
o Pai de “SENHOR”, fica mais fácil para os russelitas
reduzirem o Senhor Jesus Cristo à categoria de mero
Senhor.
A princípio podemos afirmar com a autoridade da
Palavra de Deus que o nome “JEOVÁ” nem se quer
aparece no texto hebraico do Velho Testamento e muito
menos no do Novo. A palavra “JEOVÁ” é uma corruptela
da expressão hebraica “YEHOVAH”, fruto de um artificio
dos rabinos da Idade Média. O nome “JEOVÁ” foi divulgado largamente depois dos reformadores na Idade
Moderna em substituição à palavra hebraica YAHWEH.
A verdade é que o nome de Deus é uma polissemia, ou seja, nome com mais de um significado. Portanto os nomes podem ser classificados em dois
grupos principais: os nomes genéricos e os nomes específicos. Ensinar que Deus tem apenas um nome e que
esse nome é “JEOVÁ”, como fazem alguns é um erro
grave e um ensino que não resiste a exegese bíblica. Na verdade, o nome “JEOVÁ” nem aparece na Bíblia Hebraica, já que a expressão correta é YAHWEH que
podemos chamar Javé.
OS NOMES GENÉRICOS DE DEUS NA BÍBLIA
São três os nomes genéricos, a saber: El, El Elyon,
Eloah, cujo plural é Elohim. Dizemos que estes nomes
são genéricos porque podem ser aplicados a divindades
falsas, a anjos, a governantes e juízes.
El pode ser aplicado às
divindades falsas em virtude da aproximação entre as
línguas semíticas e o hebraico, e principalmente, as
nações cananeias, pois os patriarcas e seus descendentes falavam “a língua de Canaã” (Is 19.18).
El - DEUS
Este nome significa: “aquele que vai adiante ou começa as coisas”. A palavra vem de forma acádica¹ illu, e é um dos nomes mais antigos de Deus. Não se sabe, ao certo,
se a palavra El vem do verbo ul e significa “ser forte” ou do
verbo “começar ou ir adiante”, verbo de mesma raiz.
Se a
procedência desse nome for do primeiro verbo, El significa
“ser forte e poderoso”, e se for do segundo, significa aquele
que “vai adiante e que começa todas as coisas”. Tanto um
como outro significados são apropriados para Deus, pois
encontramos nele estas duas características. Deus é o
Forte e o Criador de todas as coisas. El é o nome mais
usado na Bíblia para mencionar as divindades pagãs, é
usado também com freqüência em ugarítico, mas aparece também com relação ao Deus de Israel, e inclusive com
os seus atributos.
______________________________________________________
1. O acádio (lišānum akkadītum), também conhecido como acadiano ou assiro-babilônio era uma língua semítica parte da família afro-asiática falada na antiga Mesopotâmia, particularmente pelos assírios e babilônios.
El Elyon - DEUS ALTÍSSIMO
O nome Elyon é um adjetivo que se deriva do verbo
hebraico "alá" que significa “subir”, “ser elevado” e
designa Deus como o alto e Excelente, o Deus Glorioso. É
um dos nomes genéricos porque ele também é aplicado a
governantes mas nunca vem acompanhado de artigo
quando se refere ao Deus de Israel.
Em Gênesis 14.19
20, esse nome vem acompanhado da palavra El , mas às
vezes ele vem sozinho, como em Isaías 14.14. Elyon pode
ser encontrado sozinho nas Escrituras ou combinado
com outros nomes de Deus, (ver Números 24.16; Deuterônomio 32.8; Salmos 7.17; 9.2; 57.2; Daniel 7.18, 22,
27).
Elohim e Elohá - DEUS
Elohim é o plural de Elohá. Esse nome no singular
ocorre apenas 57 vezes no Velho Testamento, ao passo
que no plural ocorre 2.498 vezes. Esse substantivo vem
do verbo hebraico "alá", e significa “ser adorado”, “ser
excelente, temido e reverenciado”.
O substantivo como nome revela a plenitude das excelências divinas, aquele que é supremo. Deus é apresentado pela primeira vez na Bíblia com esse nome em Gênesis 1.1: “No princípio criou Deus (Elohim, no hebraico) os céus e a terra”.
O substantivo como nome revela a plenitude das excelências divinas, aquele que é supremo. Deus é apresentado pela primeira vez na Bíblia com esse nome em Gênesis 1.1: “No princípio criou Deus (Elohim, no hebraico) os céus e a terra”.
Os nomes específicos são aqueles que nas Escrituras
Sagradas só aparecem com relação ao Deus verdadeiro,
são eles: El Shaday, Adonay, Javé e Javé dos Exércitos.
El Shaday — DEUS TODO PODEROSO

O nome hebraico Shaday é derivado de shadad que
significa “ser poderoso, forte e potente’. Mas há quem
afirme que essa palavra seja derivada do verbo hebraico
shadá/sha-ady, que quer dizer: “Alimentar’’, "Peito", "Seio".
Tanto a primeira
quanto a segunda estão inerentes à natureza divina:
Deus é o Deus Todo-poderoso e também dá a vida, alimenta e
torna frutuoso e transmite a ideia da suficiência de uma mãe que alimenta o seu filho.
Na Septuaginta, a palavra correspondente é Pantokrátor, mas é usada pouquíssimas vezes, aparecendo na maioria das vezes simplesmente a palavra Théos no lugar do hebraico El, e nem sempre aparece a tradução do nome Shaday. Alguns acham que seja apenas uma expressão epitética para intensificar o sentido de El.
Na Septuaginta, a palavra correspondente é Pantokrátor, mas é usada pouquíssimas vezes, aparecendo na maioria das vezes simplesmente a palavra Théos no lugar do hebraico El, e nem sempre aparece a tradução do nome Shaday. Alguns acham que seja apenas uma expressão epitética para intensificar o sentido de El.
Jerônimo traduziu esta
palavra, na sua Vulgata Latina por Omnipotens, o
mesmo nome usado para Jesus em Apocalipse 1,8.
O termo Shaday aparece com freqüência na era
patriarcal; só no livro de Jó esse nome ocorre 31 vezes.
Exodo 6.3 nos diz que Deus era conhecido pelos patriarcas por esse nome: “Eu apareci a Abraão, a Isaque e a
Jacó, como o Deus Todo-poderoso; (El Shtiday, em hebraico), mas pelo meu nome o Senhor, (Yahweh, em hebraico)
não lhes fui perfeitamente conhecido’’.
O próprio Deus diz
aqui que se revelou aos patriarcas como o El Shaday.
Como então uma organização tem a irresponsabilidade e a arbitrariedade em ensinar que Deus só tem um nome?
O Dr. Asa Routh Crabtree, Professor, Reitor de Seminário Teológico, erudito e hebraísta, diz com
relação a Êxodo 6.3:
“É claro, então, segundo este versículo, que depois do Sinai os israelitas identificaram o seu libertador Javé, como o Deus Altíssimo e o Todo-poderoso El Shaday, dos patriarcas”. ²
“É claro, então, segundo este versículo, que depois do Sinai os israelitas identificaram o seu libertador Javé, como o Deus Altíssimo e o Todo-poderoso El Shaday, dos patriarcas”. ²
Este era um nome apropriado para o período patriarcal, durante o qual os
patriarcas viviam numa terra estranha e rodeados pelas
nações hostis. Eles precisavam saber que o seu Deus era
o Todo-poderoso, “...Eu sou o Deus Todo-poderoso (El
Shaday) anda em minha presença e sê perfeito;” (Gn
17.1).
Esse nome ocorre ainda em Gênesis 49.25; Números 24.4; Rute 1.20-21; Salmo 91.1; Isaías 13.6; Ezequiel
1.24; Joel 1.15.
______________________________________________________
2.Teologia do Velho Testamento, pág.63
Adonay — SENHOR
Adonay é um nome de Deus e não meramente um pronome de tratamento, e nele se expressa a Soberania de Deus no universo. Essa palavra significa “meu senhor”, mas em hebraico, essa expressão nunca é usada como pronome de tratamento, nesse caso é usado adoni, ou simplesmente adon para “senhor”. Isso ocorre no hebraico bíblico.
Adonay é um nome de Deus e não meramente um pronome de tratamento, e nele se expressa a Soberania de Deus no universo. Essa palavra significa “meu senhor”, mas em hebraico, essa expressão nunca é usada como pronome de tratamento, nesse caso é usado adoni, ou simplesmente adon para “senhor”. Isso ocorre no hebraico bíblico.
Veja como Ana se dirigiu a Eli em 1º Samuel
1.15, 26.
A palavra hebraica nesta passagem aqui é adoni, e é usada da mesma forma no hebraico moderno,
falado hoje em Israel. Os nomes Adonay e Yahweh são
tão sagrados para os judeus que eles evitam pronunciá-los na rua, no seu cotidiano. O segundo nem se quer nas
sinagogas é pronunciado.
Para o cotidiano ele usam
ha´Shem, que significa “O Nome” para designar a Deus.
Contudo de forma arbitrária, as Testemunhas de Jeová, ensinam que “Senhor” não é nome; devido ao cuidado
que a entidade tem para não deixar transparecer que o
Senhor Jesus é tanto o Adonay como também o Yahweh do Velho Testamento. Alegam ainda que em 134 lugares no texto hebraico o
nome Adonay não é autêntico. MENTIRA, por que o nome Adonay ocorre 315 vezes no Velho Testamento, e não simplesmente 134 como insinuam.
A Septuaginta traduziu Adonay e Yahweh pela palavra grega Kyrios que significa “SENHOR”. O nome “SENHOR” é um nome divino, por isso dizer que “César é Senhor” seria reconhecer a divindade de César, é por isto que os cristãos primitivos recusavam chamar César de Senhor.

A Septuaginta traduziu Adonay e Yahweh pela palavra grega Kyrios que significa “SENHOR”. O nome “SENHOR” é um nome divino, por isso dizer que “César é Senhor” seria reconhecer a divindade de César, é por isto que os cristãos primitivos recusavam chamar César de Senhor.
O apóstolo Paulo disse: “..e ninguém pode dizer que Jesus
é o Senhor, senão pelo Espírito Santo”(1 Co 12.3). Se esta
expressão não reivindicasse a divindade de Cristo seria
tão grande essa novidade que o apóstolo estava ensinando, que só pelo Espírito Santo o homem poderia
reconhecer o senhorio de Cristo? Se Cristo fosse um mero
Senhor, como querem a referida seita, haveria necessidade do Espírito Santo revelá-lo? É claro que não !
Portanto, o nome grego Kyrios é o correspondente aos nomes
hebraicos Adonay e Yahweh no Novo Testamento grego
original, e é usado tanto para o Pai como para o Filho. A ideia básica do nome Adonay é a da soberania de Deus,
da suprema posição do Criador em todo o universo que
criou.
Eis algumas passagens bíblicas onde o texto
hebraico aparece com a palavra Adonay, que as versões evangélicas traduzem por “SENHOR” e a Tradução Novo Mundo, Bíblia das TJ´s, traduz por “JEOVÁ": Gênesis 18.3; Isaías 3.18; 6.1; Daniel 9.16.
Yahweh e Yahweh Tsebhaoth - SENHOR E SENHOR DOS EXÉRCITOS
É o nome pessoal do Deus de Israel e é escrito pelas
quatro consoantes YHWH, o Tetragrama. A escrita hebraica foi usada durante todo o período da história do Velho
Testamento sem as vogais. As vogais hebraicas nada
mais são do que sinais diacríticos que os rabinos criaram
no século IX, e até hoje, estes sinais ajudam multo na
leitura de qualquer texto hebraico mas, quem já conhece
a língua não precisa mais dessas vogais.
O Tetragrama tomou-se impronunciável pelos Judeus desde o período intertestamentário³, para evitar a
vulgarização do nome e para que a forma não fosse
tomada em vão. Eles pronunciavam Adonay toda vez que
encontravam o tetragrama no texto sagrado, na leitura da
sinagoga. Na Idade Média, os rabinos inseriram no tetragrama o que corresponde as quatro consoantes YHWH, as vogais da palavra Adonay (a primeira e a última
letras dessa palavra são consoantes na língua hebraica).
![]() |
Extraído do Livro Como Responder as Testemunhas de Jeová - Comentário Exegético e Explicativo por Esequias Soares da Silva, pág 104 |
A forma reduzida de YAHWEH é YAH. Esta palavra aparece ligada
ao verbo hebraico (HILEL), e significa “LOUVAR" que
está no Pi'el, uma construção que indica o intensivo, que na 2ª pessoa do plural do imperativo e HALELU que Juntando ao YAH
fica: HALELUYAH, que significa “LOUVEM A JAH”; ou seja; “LOUVEM AO SENHOR” ou ainda "LOUVEM A YAHWEH".
A poesia hebraica diz o seguinte:
"Cantai Deus, cantai louvores ao seu nome; louvai aquele que vai
sobre os céus, pois o seu nome é JÁ: exultai diante dele” (SI
68.4), justificando assim a presença da letra “A” no nome
Yahweh.
O significado desse verbo na passagem de Êxodo
3.14, é que Deus é aquele que tem existência própria,
existe por si mesmo, é o imutável, aquele que causa todas
as coisas, é auto existente, aquele que é, que era e o que
há de vir, o eterno (Gn 21.33; SI 90.1-2; Ml 3.6), e até hoje
os Judeus religiosos preferem chamar “O ETERNO” em
lugar do Tetragrama. Aqui, Deus deu a Moisés o significado do nome YAHWEH.
A pronúncia exata desse Tetragrama nos tempos do
Velho Testamento ficou desconhecida durante séculos
em virtude desse nome tomar-se impronunciável desde o
período inter testamentário. Existe uma tradição de que
os samaritanos pronunciavam o nome como Iabe. Como
a letra “B” já no grego daqueles dias tinha o som de V,
como ainda hoje na Grécia, então Javé parece ser a
pronúncia mais apropriada.
Clemente de Alexandria
escreveu esse Tetragrama como Jeoue. Há, portanto,
evidências históricas de que Yahweh ou Iavé era a
pronúncia primitiva, e a forma reduzida Yah, que já
vimos, corrobora essa realidade.
Êxodo 3.14 é a única
fonte bíblica que lança luz sobre a pronúncia correta do
tetragrama. Assim as “Testemunhas de Jeová” se rebentam quando fazem do nome “Jeová” a coluna vertebral do
seu sistema doutrinário, uma vez que nem sequer existe
este nome no texto hebraico do Velho Testamento e muito
menos no Novo.
O texto de Êxodo 6.3: “E eu apareci a Abraão, a
Isaque, e a Jacó, como o Deus Todo-poderoso, mas pelo
meu nome, o Senhor, não lhes fui perfeitamente conhecido”, mostra que os patriarcas do Gênesis conheciam este
nome mas não sabiam a forma e o significado dele. Yahweh é um dos nomes de Deus, o nome do pacto com
Israel. A partir dessa Teofania, foi o nome especial e peculiar dado durante a história dos filhos de Israel: “E Deus
disse mais a Moisés: Assim dirás aos Filhos de Israel: O
Senhor Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é o meu
nome eternamente, e este é meu memorial de geração em
geração” (Ex 3.15).
A Septuaginta traduziu o Tetragrama pela palavra
grega Kyrios que quer dizer “SENHOR”, e por
essa razão as nossas versões traduziram o Tetragrama pelo nome “Senhor", que está perfeitamente dentro do
contexto bíblico. O nome Yahweh não aparece uma vez
sequer no Novo Testamento grego.
Até mesmo nas citações do Velho Testamento os escritores neotestamentários usaram o nome KYRIOS. O apóstolo Paulo
citou Isaías 1.9, onde aparece o nome Yahweh Tsabaoth,
em Romanos 9.29, mas ele usou Kyrios Tsabaoth.
Como
as “Testemunhas de Jeová” condenam todas as traduções
existentes no mundo por que usam “Senhor" no lugar de
“Jeová”? Não há explicação convincente. Os servos de
Russel usaram no Novo Testamento o nome “Jeová” 237
vezes, ao passo que no Novo Testamento grego não
aparece uma vez sequer, aparece sim o seu correspondente grego Kyrios, que é “Senhor”.

O propósito da Tradução Novo Mundo em sustentar o nome “Jeová” é
porque o nome grego Kyrios ou o nome inglês “Lord”, que
correspondem a “SENHOR”, na língua portuguesa, identificam explicitamente o Pai com o Filho. E, usando o
nome “Jeová” para o Pai, e o vocábulo “Senhor” para o
Filho, embora no texto grego a palavra seja a mesma tanto
para o Pai como para o Filho, fica mais fácil para enganar
o povo com a sua TNM.
Eis a razão pela qual os russelitas
insistem em afirmar que Deus tem apenas um nome e que
esse nome é “Jeová”. A palavra “Senhor" que a TNM usou
com referência ao Senhor Jesus é Kyrios no Novo
Testamento grego, a mesma palavra usada para o Deus
Pai, e não “JEOVÁ”. É uma imposição forçada da entidade, e uma
camisa-de-força, posta para moldar a Bíblia a sua doutrina.
____________________________________________________________________
3. Intertestamentário: Conhecido também por período interbíblico, é o momento histórico que compreende o espaço de tempo entre o Antigo e o Novo Testamento. Na narrativa bíblica passaram-se cerca de quatrocentos anos entre a época de Neemias (quando o livro de Malaquias foi escrito) e o nascimento de Cristo (aproximadamente 433 – 5 a.C.).
3. Intertestamentário: Conhecido também por período interbíblico, é o momento histórico que compreende o espaço de tempo entre o Antigo e o Novo Testamento. Na narrativa bíblica passaram-se cerca de quatrocentos anos entre a época de Neemias (quando o livro de Malaquias foi escrito) e o nascimento de Cristo (aproximadamente 433 – 5 a.C.).
Extraído do Livro "Como Responder as Testemunhas de Jeová" Comentário Exegético e Explicativo por Esequias Soares da Silva, Editora Candeias, Pags 92 à 108.
"sabendo que fui posto para defesa do Evangelho".
Filipenses 1:17
Nenhum comentário:
Postar um comentário