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quinta-feira, 8 de abril de 2021

O PECADO VENCEU A DEUS ?

 O CALVINISMO ESTÁ TE ENGANANDO



O reverendo Augustus Nicodemus Lopes, como sabido, é um teólogo calvinista, que publicou muitas obras que ficaram conhecidas no meio evangélico.

Em uma de suas publicações nominada de "Interpretando o Novo Testamento Primeira Carta de João", é dito textualmente que Cristo não é o Salvador de todos os homens, como apresentado no gráfico acima. 

Este blog, já trouxe a devida refutação ao artigo do Reverendo em outra oportunidade. Clicando no link abaixo você pode conferir o artigo:



Contudo, achei pertinente me aprofundar mais um pouco, provando assim a incoerência daquele teólogo, e deixando claro o ensino cristalino das Escrituras; de que Jesus SIM, é o Salvador da humanidade e que o Calvinismo não pode ser levado a sério. 

É importante frisar aqui, que o espantalho criado por calvinistas que acusa o Arminianismo de ensinar o Universalismo, é uma falácia. Olson comenta em sua obra; que nem todas as pessoas são salvas, não porque suas punições não foram sofridas por Cristo, mas porque rejeitam a anistia oferecida por Cristo por intermédio da sua morte substitutiva. (Teologia Arminiana - Mitos e Realidades, Roger Olson, Ed. Reflexão, pág 84).


 

Em sua obra, como já vimos, o reverendo usa como texto base, 1ª João 4:14, onde lemos o seguinte:


E vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo.
1 João 4:14


É inacreditável como Augustus Nicodemus se utiliza de uma hermenêutica desonesta e de muita cambalhota teológica, a fim de negar o que texto sagrado diz claramente; Que Deus enviou Jesus para ser Salvador do mundo.

Entre tantos disparates proferidos pelo Mestre Calvinista, lemos as seguintes declarações em seus comentários sobre o referido texto:

"...Jesus Cristo é o Salvador do mundo no sentido em que salva pessoas deste mundo, e não o mundo todo".

E A GRANDE PÉROLA

“Cristo não é, de fato, o Salvador de todos os indivíduos da raça humana, e portanto não foi enviado com esse objetivo. Pois, se tivesse sido, sua missão não teria sido plenamente cumprida"


Analisando o comentário que ele faz do texto em tela, a verdade é que ocorre em suas palavras muita contradição. Em um momento Cristo é Salvador da humanidade, mas em outro momento Ele não é. Uma marca do Calvinismo: CONTRADIÇOES.

Deus não é Deus de confusão. Mas o objetivo é esse. Introduzir sorrateiramente a doutrina da EXPIAÇÃO LIMITADA, um dos pontos da TULIP.

O apóstolo Pedro advertiu que nos últimos dias, falsos doutores, introduziriam encobertamente heresias de perdição e negariam o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. (2 Pedro 2:1)



Assim como 1ª João 4:14 é muito claro nos revelando o objetivo de Cristo e o desejo de Deus, existem muitos outros textos que provam que o Reverendo Augustus Nicodemus não foi honesto quando comentou sobre o referido texto.

Para tanto, o Blog Oráculos Divinos, reproduzirá o comentário sobre 1ª João 4:14, feito por Russell Norman Champlin, em sua conceituada obra. 


Comentário sobre 1ª João 4:14


"E vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo”.

 

"Antes segundo os termos neotestamentários, todos os homens são passiveis de redenção e isso através da fé ou fé-amor; que é a gnosis cristã. Deus está conosco (posição do teísmo) e é o Salvador, longe estando Ele de não se importar com os homens (que é a posição do deísmo).

 

Além disso, Deus salva os homens por intermédio de Cristo, o qual é o nosso Salvador, o único Mediador entre Deus e os homens e não um dentre muitos. (Ver 1 Tim. 2:5). Ver Jesus como o Salvador do mundo em João 4:42. Nesse caso, mundo indica a humanidade inteira e não apenas o sistema cósmico hostil (que transcende somente aos homens), conforme às vezes é empregado o termo «mundo» nesta epístola — ver 1ª João 4:5. Sem dúvida vemos aqui reflexo das antigas fórmulas de confissão cristã.

Ver: 1ª João 1:1,2 – 2:20-23 – 3:16 à 23 – 4 :2 e 5: 1 à 10b e 12 quantos usos similares.


Ver ainda Mateus 1:21 e as notas expositivas ali existentes acerca do tema Jesus como Salvador. As epístolas pastorais fazem o intercâmbio, entre Deus Pai e Deus Filho, do termo Salvador. Ver 1ª Tm. 1:1: 2:3 – 4:10 – Tito 1:3 – 2:10,13 e 3:4, acerca de Deus como Salvador. E ver 2ª Tm. 1:10; Tito 1:4; 2:13 e 3:6, quanto a Jesus como Salvador. Esse intercâmbio parece ter sido feito propositadamente.

 

Atividade missionaria inerente na teologia básica.

 

A própria confissão que os crentes são forçados a fazer, e que inclui a ideia da missão Salvadora de Cristo, força-os a proclamarem esse Salvador ao mundo que Ele veio remir. Os gnósticos, porém, falharam nessa tarefa porque tinham em pouca conta a missão salvadora de Jesus, o Cristo: e nós podemos falhar nessa tarefa por motivo de outras razões.

 

A preocupação missionária, observemos, não é algo a ser adicionado ao Evangelho e nem é algo que deva ser artificialmente despertado: pelo contrário, faz parte inerente do próprio propósito e ato de Deus — o Pai enviou seu Filho para ser salvador do mundo. (Hoon, in loc.).

 

[...] O grande alvo da redenção é a glorificação (ver Rom. 8:29,30), que é um processo eterno que nos levará a toda a plenitude de Deus (ver Ef. 3:19 e Col. 2:10 - 2ª Pd 1:4).[...] Disso é que consiste a salvação (ver notas expositivas a respeito em Heb. 2:3.  E isso é obra de Cristo, que é o Salvador do mundo. Porquanto a expiação no seu sangue é parte desse quadro, sem o que todo esse processo seria simplesmente impossível (ver 1ª João 2:2).

 

A missão de Cristo visa restaurar os homens à comunhão com Deus, comunhão essa que eles perderam: a restauração proporcionada por ele lhes confere a sua própria essência, de tal modo que se tornam filhos de Deus que estão sendo conduzidos à glória (ver Heb. 2:10 e ss.).

A missão de Jesus Cristo visa o mundo inteiro e não apenas alguns poucos indivíduos seletos, conforme pensavam erroneamente os gnósticos (ver 1ª João 2:2).

 

[Comentando ainda sobre o verso 9 deste capítulo, Champlin afirma que a palavra mundo usada no texto significa todos os homens]. (pág. 278)

 

Não está agora em foco o cosmos hostil, do qual os homens incrédulos participam; antes, o mundo é agora aquele composto por todos os homens, os habitantes desta esfera terrestre. Comparar isso com 1ª João 2:2, onde se lê que Cristo é a propiciação pelos pecados do mundo inteiro".

(grifos meus)


O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO

VERSICULO POR VERSICULO  - Russell Norman Champlin, Ph. D. – Editora Candeia, pág. 280,281.



Por fim, J.R.W. STOTT, M.A., em sua obra comenta sobre Cristo ser o Salvador do Mundo e corrobora o testemunho das Escrituras.

"O mundo significa a sociedade pecaminosa, alienada de Deus e sob o domínio do maligno (cf. 5:19). Sua urgente necessidade era ser resgatado do pecado e Satanás. E o Pai “amou ao mundo de tal maneira” (Jo 3:16) que enviou o seu Filho, Seu amado e único Filho, para ser o Salvador do mundo. O tempo perfeito do verbo (apestalken, literalmente “enviou”, como na RA), indica não apenas o evento histórico de enviar, mas o seu propósito e resultado, a saber, a salvação do mundo".


AS EPÍSTOLAS DE JOÃO por J.R.W. STOTT, M.A.

SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA e ASSOCIAÇÃO RELIGIOSA EDITORA MUNDO CRISTÃO, pág. 144


REFLEXÃO

Como podemos observar após minuciosa análise das Escrituras, Jesus SIM, é o Salvador de todos os homens, provando assim a inconsistência teológica de calvinistas.

É incrível como o PECADO trouxe apenas morte e condenação à TODOS, mas o AMOR DE DEUS e o sangue de Cristo não trouxeram vida e nem foi derramado por TODOS. 


Para calvinistas o poder do pecado é mais potente do que o sangue de Cristo e o amor de Deus. Ou seja, no Calvinismo o PECADO venceu a Deus.




Conclusão



O fato da Bíblia mostrar que Jesus é o Salvador do mundo, não significa que TODOS serão salvos ou que o Arminianismo defenda o Universalismo, ou ainda que; pelo fato de nem todos se salvarem, Cristo não seja Salvador do Mundo. 

Como diz Thomas Watson: "O sangue de Cristo tem poder SUFICIENTE para salvar todos os homens, mas seu poder é aplicado e EFICIENTE apenas aos que creem".


Por fim, Armínio faz a distinção entre redenção obtida e redenção aplicada em suas obras:


"Afirmo que é preciso fazer uma distinção entre a redenção obtida e a redenção aplicada, e declaro que ela foi obtida para o mundo inteiro, e para todos e cada um dos homens; mas ela foi aplicada apenas aos fiéis e aos eleitos".
(Obras de Armínio vol. 3, pág 536)





"...sabendo que fui posto para defesa do Evangelho".
(Filipenses 1:17)