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segunda-feira, 24 de outubro de 2022

A SANTIDADE DE DEUS EM LEVÍTICOS

 




Enquanto muitos enfatizam e insistem em ensinar que DEUS ODEIA O PECADOR por causa de passagens isoladas, a  Bíblia ensina que  "O amor é a essência de Deus". Segundo escreveu o teólogo norte-americano Augustus H. Strong: "a santidade é a essência do amor".


Interessante que quando se estuda sobre os ATRIBUTOS DE DEUS, não aprendemos que Deus odeia ninguém. Em nenhum dos seus atributos podemos encontrar o ÓDIO, mas sim o AMOR. Verdade, encontramos JUSTIÇA, mas não ÓDIO, por isso seus atributos agem de forma equânime, de forma harmoniosa.


Por isso o salmista diz no Salmos 89:14 

Justiça e juízo são a base do teu trono; misericórdia e verdade irão adiante do teu rosto.




Por isso uma das maiores declarações de Deus no Antigo Testamento podemos ver no livro do Profeta Sofonias:

"Pois o Eterno, o seu Deus está com vocês, Ele é poderoso e os salvará. Deus ficará contente com vocês e por causa do seu Amor, lhes dará nova vida. 
Ele cantará e se alegrará como se faz num dia de festa".
(Sofonias 3:17)
Tradução Bíblia na Linguagem de Hoje




Porém um AMOR demasiadamente oferecido de maneira suave sem regras, nem reciprocidade, nem seria amor. Um Deus que usasse de demasiada bondade e deixasse o PECADO impune nem seria Deus. Ele faria menos do que exige e reclama a sua Justiça e Santidade. 


Portanto repetimos, já que os calvinistas gostam de enxergar atributos em Deus que não podem ser atribuídos a sua natureza. Talvez devêssemos desenhar ou escrever em braile, por que somente assim cego consegue enxergar. , 



O amor de Deus é um amor santo, pois a Bíblia diz: "Deus é luz" (1 Jo 1:5) e, também: "Deus é amor" (1 Jo 4:8, 16). O amor sem santidade seria algo monstruoso que poderia destruir a lei perfeita de Deus, enquanto a santidade sem amor não daria qualquer esperança ao pecador perdido. 


Os dois encontram-se em perfeito equilíbrio e harmonia dentro da natureza divina e nas obras de Deus.



A palavra hebraica para "santo" que Moisés usou em Levítico significa "aquilo que e separado e marcado, aquilo que e diferente".

  • O sábado era santo, pois Deus o havia separado para seu povo (Ex 16:23).
  • Os sacerdotes eram santos, pois haviam sido separados para ministrar ao Senhor (Lv 21:7,
  • As vestes eram santas, pois não podiam ser reproduzidas para o uso comum (Ex.28:2). 
  • O dizimo que o povo levava ao tabernaculo era santo (Lv 27:30).


Qualquer coisa que Deus declarasse santa devia ser tratada de maneira diferente das coisas comuns

da vida no acampamento hebreu. Na verdade, o acampamento de Israel era santo, pois o Senhor habitava lá com seu povo (Dt 23:14).


Em português, a palavra "santo" vem do latim sanctu, que significa "estabelecido segundo a lei" ou "que se tornou sagrado". O termo "santificação" descreve o processode tornar-se cada vez mais semelhante a Cristo, e "santo" refere-se ao resultado desse processo.


De que modo Deus revela sua santidade?


A religião das nações em Canaã era claramente imoral e envolvia a adoração a ídolos e a prostituição, tanto masculina quanto feminina.


As divindades mitológicas da Grécia e de Roma não eram muito melhores. Por esse motivo, Deus ordenou que seu povo ficasse longe dos altares e dos santuários deles e que se recusasse a aprender seus caminhos (Ex 23:20-33; Dt 7:1-11).


 De diversas maneiras, Deus deixou claro para seu povo que ele era um Deus santo.

 

Em primeiro lugar, deu-lhes uma lei santa, que continha tanto promessas quanto penalidades, sendo que os dez mandamentos são o cerne dessa lei (Ex 20:1-17). 


Os estatutos e ordenanças de Deus governavam a vida diária do povo e diziam-lhe o que era certo e o que era errado, o que era limpo e o que era imundo e quais eram as penalidades para aqueles que desobedecessem deliberadamente.  


No Sinai, Deus revelou sua presença santa. 


"Todo o povo presenciou os trovoes, e os relâmpagos, e o clamor da trombeta, e o monte fumegante; e o povo, observando, se estremeceu e ficou de longe" (Ex 20:18; ver 19:14-25).


Também revelou seu poder e presença santa quando julgou os deuses do Egito(Ex 12:12), quando abriu o mar Vermelho e destruiu o exercito egípcio (Ex. 14:13 - 15:21) e quando realizou feitos miraculosos em favor de Israel no deserto.


Deus é"glorificado em santidade" [e não através do pecado]* (Ex. 15:11), e sua gloria habitava no Santo dos Santos, tanto no tabernáculo (Ex 40:34-38) quanto no templo (1 Rs 8:10). A presença da nuvem de gloria e a coluna de fogo lembravam Israel de que Jeová era um Deus santo e um "fogo consumidor" (Dt 4:24; Hb.12:29). 

*como querem os calvinistas


Na verdade, a própria estrutura do tabernáculo declarava a santidade de Deus: a cerca ao redor da tenda, o altar de bronze em que era derramado o sangue, a bacia em que os sacerdotes lavavam as mãos e os pés e o véu que separava todos, exceto o sumo sacerdote, do Santo dos Santos.



CONCLUSÃO

Todo o sistema sacrificial declarava a Israel que "o salario do pecado e a morte" (Rm 6:23), e que "a alma que pecar, essa morrera" (Ez 18:4). Deus odeia o pecado, mas não o PECADOR pelo fato de amá-los e de desejar perdoá-los, DEUS proveu um substituto para morrer no lugar do pecador. Tudo isso é um retrato do Salvador prometido que entregou sua vida pelos pecados do mundo inteiro.


Diante de um texto tão claro como esse será mesmo que Deus ODEIA O PECADOR ?


Sua ira será derramada durante a grande tribulação contra o homem ímpio e desobediente e contra todos aqueles que após o juízo final forem lançados segundo as suas obras no Lago de Fogo onde sofrerão punição eterna, por que Deus não pode habitar com o pecado. 


Bibliografia

Coméntário Bíblico Expositivo do AT - Volume I - Warren W. Wiersbe, págs, 330, 331