Banner

sábado, 5 de junho de 2021

SE TEM O DOM DE CURA POR QUE NÃO SAÍ CURANDO ?

 OS DONS CESSARAM ?

 

Nos últimos anos temos visto muita gente falando nisso e podemos  perceber que falta bom senso, honestidade e o principal, nos revela um conhecimento superficial das Escrituras da parte de quem formulou esse tipo de pensamento. 


Quando ímpios formulam esse tipo de questionamento até poderíamos supor uma certa inocência. Mas quando é formulado por quem se diz cristão?


A conclusão que se tem é que esses teólogos cessacionistas que formulam esse tipo de pergunta são no mínimo desonestos, sem dizer que o fazem por malícia numa tentativa vergonhosa de tentar desprestigiar o movimento pentecostal.


Contudo vemos na Bíblia vários exemplos de cura e também de não cura.

"Eliseu morreu sem ser curado, apesar de ter dom até para ressuscitar os mortos (2Rs 13.14). 


Paulo, por sua vez, não curou Timóteo e nem Trófimo, apesar de ter todos os dons, em pleno século das curas e milagres(1Tm 5.23; 2Tm 4.20). 


O próprio Paulo tinha um espinho na carne pelo qual orou ao Senhor e teve uma resposta negativa da parte de Deus. (2a Coríntios 12:7).


Então devolvemos a pergunta: "Por quê os cristãos têm a obrigação de sair curando todo mundo, sendo que existem vários exemplos de pessoas que não receberam a cura na Bíblia ?"


Os cessacionistas estão baseando seu posicionamento numa premissa falsa e desonesta, já que quem cura é Deus e não o homem.


É através dEle. É Ele  quem concede Seus dons aos homens, mas Deus cura quem Ele quer, na hora que quer e uma das condições é: A FÉ.


Geralmente após suas curas Cristo dizia: Vai. A tua FÉ te curou. Vai. A tua FÉ te salvou.


Mas a Bíblia diz que nem TODOS TÊM FÉ (2a Tessalonicensses 3:2


Não podemos ser desonestos com o relato bíblico e IMPOR uma cura que é atribuída sob a condição da FÉ! 


Existe uma passagem muito famosa no Evangelho de João no capítulo 5 que conta a  história de um homem que ficou paralítico durante 38 anos.


Quando ele teve um encontro com Jesus, o Mestre lhe perguntou: QUERES SER CURADO?


Jesus tinha um senso de humor fantástico.

Imagine perguntar isso para uma pessoa enferma a quase 40 anos?


A verdade é que o senso de humor de Jesus tem um nome: Se chama RESPEITO pela individualidade do ser humano. Ele não é invasivo, Ele não é mau-educado. 


Jesus não é um mero curandeiro que sai por aí curando as pessoas. Seu maior interesse é na alma das pessoas. É curar a alma das pessoas. Relacionamento. SE  Jesus fosse um mero curandeiro, Ele  poderia apenas estender as mãos e pela autoridade de seu nome - CURAR - e ir embora.


Mas Ele perguntou: Queres ser curado? O que evidencia interesse na pessoa, em sua vida e não apenas tirar aquela enfermidade. 


Mas um dos requisitos é a pessoa.  Ela tem que querer. Isso mostra que além da CURA Jesus quer se relacionar com o ser humano. Ele pergunta pro enfermo: Queres ficar são? Não poderia chegar e CURAR e ir embora?


Aí o homem enfermo em vez de responder de pronto: É claro Senhor.... EU QUERO. Mas, Não ! 


Aí ele começa a contar a história da sua vida, reclamar, jogar a culpa nos outros, se fazer de coitadinho, etc...


Depois de toda a lamúria, Jesus disse:


"Levanta-te, toma o teu leito, e anda". E ficou são e nem precisou ser lançado no Tanque.


Jesus poderia simplesmente chegar e CURAR E PRONTO.


Mas não. Ele não se impõe. Ele respeita a individualidade de cada ser humano.


Além disso existiam muitos enfermos ali, mas Jesus curou apenas um.


Muitas pessoas não receberam a cura ou bênçãos da parte de Deus nos tempos de Jesus, principalmente por causa da INCREDULIDADE! 


Além disso, OS DONS DE CURA, que a BÍBLIA menciona não são para exibicionismo ou para fazer espetáculos, ou show para o mundo ver.


Jesus nunca foi exibicionista. 


Muitas de suas curas, ele recomendava às pessoas a não sair falando o que aconteceu.


SE TEM O DOM DE CURAR, ENTÃO POR QUE NÃO SAI CURANDO TODO MUNDO?





Este questionamento cessacionista é tão ridículo que chega a ser constrangedor respondê-lo. Mas supondo que houvesse um mínimo amparo bíblico para esse questionamento e o que está pressuposto por detrás dele, então deveríamos aceitar que nenhum apóstolo tinha dons de curar, já que nenhum deles curou TODOS os enfermos de seu tempo; nem também TODOS tinham o dom de operar maravilhas, já que um após outro foi morrendo, sem ninguém ir lá ressuscitar (que apóstolo ressuscitou outro?). 


Aliás, digo mais: se a tese cessacionista fosse plausível, então nem mesmo Jesus tinha o poder genuíno do Espírito, pois, embora tendo ressuscitado seu amigo Lázaro, não ressuscitou seu primo João Batista! 


E olha que João Batista morreu antes de Lázaro e desempenhara função muito mais importante para o ministério de Cristo. Ademais, está dito que sobre Nazaré, cidade onde Jesus viveu, que ele "não fez ali muitas maravilhas, por causa da incredulidade deles" (Mc 13.58). Logo, o poder do Espírito não opera sempre e/ou incondicionalmente para realizar milagres.


O crente pentecostal tem uma visão elevada da soberania de Deus: Deus faz o que quer, quando quer, através de quem Ele quer, mediante as condições que Ele quiser e em favor de quem Ele quiser! 


E o fato de Deus não ter no passado ou no presente curado a alguns e ressuscitado a outros de modo algum deve significar que este ou aquele dom tenha sido extinto da Igreja. O Espírito reparte a cada um "como quer" (1Co 12.11).


Curar todos, sempre e incondicionalmente nunca foi uma atribuição dos receptores dos dons espirituais. Nunca! Isso não passa de uma falácia incrédula cessacionista, que busca um pretexto para rejeitar - ainda que contrariando a Palavra - a continuidade dos dons espirituais.


"de modo que não lhes falta nenhum dom espiritual, enquanto vocês aguardam que o nosso Senhor Jesus Cristo seja revelado" (1 Coríntios 1.7)


 Adaptador por Tiago Rosas


Deus abençoe e que Cristo lhe esclareça!


"...sabendo que fui posto para a defesa do evangelho".

Filipenses 1:17

terça-feira, 1 de junho de 2021

AS LÍNGUAS ESTRANHAS NA VIDA DE PAULO

 PAULO ORAVA E FALAVA EM LÍNGUAS

1ª Coríntios 14

 

A avaliação mais clara feita pelo apóstolo quanto às línguas estranhas na sua própria experiência é relatada em 1ª Coríntios 14: 14-19.

Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera. Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente...

1ª Coríntios 14:14,15



Aqui ficamos sabendo que  a oração em línguas está num plano acima da parte racional da nossa personalidade. Da mesma maneira, quando Paulo disse: “também orarei com a mente....” estava fazendo uma referência à oração no vernáculo, no seu idioma normal.

 

Assim aprendemos que Paulo continuaria orando com o espírito, ou seja, em línguas, mas também continuava orando usando a sua mente e o seu entendimento.

 

PAULO FALAVA EM LÍNGUAS COM DIFERENTES FINALIDADES

 

Nestes versículos percebemos que além do que é mencionado em 14.6, as línguas estranhas podem incluir ações de graça, glorificação, louvor, adoração, oração, cânticos espirituais. Mesmo assim, ressalta-se de novo que se as línguas não forem interpretadas, aquele que é indouto, isto é, não versado em assuntos espirituais(v. 16) não pode participar ou acrescentar seu “amém” àquilo que ouve.

 

PAULO FALAVA EM LÍNGUAS, MAIS DO QUE OS CORÍNTIOS

 

Paulo de fato era um crente pentecostal. Declara ele: "Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos". (1ª Coríntios 14:18)


Por estas palavras ficamos sabendo que as línguas desempenhavam um papel importante nas suas devoções particulares e fala com reverência e gratidão por esta manifestação do Espírito Santo na sua própria experiência. Louva a Deus por isso.

 

Alguns tem interpretado esta expressão: “Dou graças ao meu Deus, porque falo mais idiomas do que vós todos”, referindo-se a idiomas aprendidos e não a um dom carismático. Tal tradução porém está gramaticalmente errada porque interpreta a palavra mais (mallon) como adjetivo que modifica o substantivo línguas. 

 

Mas aí não se trata de adjetivo, mas de advérbio comparativo que modifica o verbo falar. Paulo não disse que falava em mais línguas (mais como adjetivo), mas sim que falava em línguas mais - mais frequentemente(advérbio) - do que todos eles.

 

Paulo não abusava das línguas(v. 19). Ele não fazia mau uso deste dom., “Contudo prefiro falar na igreja cinco palavras com o meu entendimento, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua desconhecida”. Paulo usava somente este DOM na igreja se houvesse interpretação.¹

 

Vejamos o que o conceituado de R.N. Champlim comenta sobre esse texto:

Dou graças a Deus, que falo em línguas mais do que vós todos. 

 18 ευχαριστώ τώ θεώ, πάντων υμών μ ά λ λο ν γ λώ σ σ α ις λαλώ'


"Existem interpretes equivocados que imaginam que Paulo se referia aqui a sua capacidade de falar vários idiomas, como o grego, o latim, o siríaco, o hebraico, além de mais um dos dois idiomas que Paulo conheceu. Porem, apesar de ser verdade que Paulo falava em vários idiomas, a alusão que ele aqui faz não é a de línguas estrangeiras, porquanto isso seria contrário a todo o contexto deste versículo. Paulo falava do dom de línguas, conferido pelo Espírito Santo, e não dos idiomas aprendido normalmente pelo contacto com estrangeiros.

 

Paulo era rico em experiências extáticas. (Ver Gal. 2:2;Atos 9:12; 16:9; 22:17; 27:23 e o décimo segundo capitulo da segunda epistola aos Coríntios). Seria uma insensatez se ele houvesse salientado quantos idiomas havia podido aprender, e através disso tivesse proibido o uso do dom de línguas, porquanto, a expressão variedade de línguas pertenceria a uma categoria inteiramente diversa, sendo uma loucura fazer qualquer comparação entre os idiomas estrangeiros e o dom de línguas".²

 

Referências 

___________________________

1. AS EPÍSTOLAS PAULINAS III - 1ª e 2ª Coríntios - A Disciplina na Igreja e o Ministério Evangélico - Livro autodidático do Curso Médio de Teologia da EETAD. Consultor Teológico, Pr. Antônio Gilberto da Silva, pág 95 e 96.

 

___________________________

2. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO, vers. por vers. R.N. Champlin, pág 222. 

 

 

"...sabendo que fui posto para a defesa do Evangelho".
Filipenses 1:17

 

 

LINGUAS ESTRANHAS - O QUE É ?

 O FALAR EM LÍNGUAS


“E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. ” 

(Atos 2.4 )

 


O falar noutras línguas, ou a glossolália (gr. glossais lalo), era entre os crentes do NT, um sinal da parte de Deus para evidenciar o batismo no Espírito Santo (ver 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do Espírito continua o mesmo para os dias de hoje.

 

O VERDADEIRO FALAR EM LÍNGUAS

 

1) As línguas como manifestação do Espírito. Falar noutras línguas é uma manifestação sobrenatural do Espírito Santo, i.e., uma expressão vocal inspirada pelo Espírito, mediante a qual o crente fala numa língua (gr. glossa) que nunca aprendeu (2.4; 1Co 14.14,15). Estas línguas podem ser humanas, i.e., atualmente faladas (2.6), ou desconhecidas na terra (cf. 1Co 13.1). Não é “fala extática”, como algumas traduções afirmam, pois a Bíblia nunca se refere à “expressão vocal extática” para referir-se ao falar noutras línguas pelo Espírito.

 

2) Línguas como sinal externo inicial do batismo no Espírito Santo. Falar noutras línguas é uma expressão verbal inspirada, mediante a qual o espírito do crente e o Espírito Santo se unem no louvor e/ou profecia. Desde o início, Deus vinculou o falar noutras línguas ao batismo no Espírito Santo (2.4), de modo que os primeiros 120 crentes no dia do Pentecoste, e os demais batizados a partir de então, tivessem uma confirmação física de que realmente receberam o batismo no Espírito Santo (cf. 10.45,46). 

Desse modo, essa experiência podia ser comprovada quanto a tempo e local de recebimento. No decurso da história da igreja, sempre que as línguas como sinal foram rejeitadas, ou ignoradas, a verdade e a experiência do Pentecoste foram distorcidas, ou totalmente suprimidas.

 

3) As línguas como dom. Falar noutras línguas também é descrito como um dos dons concedidos ao crente pelo Espírito Santo (1Co 12.4-10). Este dom tem dois propósitos principais: 

I) O falar noutras línguas seguido de interpretação, também pelo Espírito, em culto público, como mensagem verbal à congregação para sua edificação espiritual (1Co 14.5,6,13-17). 

II) O falar noutras línguas pelo crente para dirigir-se a Deus nas suas devoções particulares e, deste modo, edificar sua vida espiritual (1Co 14.4). Significa falar ao nível do espírito (14.2,14), com o propósito de orar (14.2,14,15,28), dar graças (14.16,17) ou cantar (14.15; ver 1Co 14 notas. (ver o estudo DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE, neste blog)

 

 OUTRAS LÍNGUAS, PORÉM FALSAS


 

O simples fato de alguém falar “noutras línguas”, ou exercitar outra manifestação sobrenatural não é evidência irrefutável da obra e da presença do Espírito Santo. O ser humano pode imitar as línguas estranhas como o fazem os demônios. A Bíblia nos adverte a não crermos em todo espírito, e averiguarmos se nossas experiências espirituais procedem realmente de Deus (ver 1Jo 4.1 nota - BEP).


1) Somente devemos aceitar as línguas se elas procederem do Espírito Santo, como em 2.4. Esse fenômeno, segundo o livro de Atos, deve ser espontâneo e resultado do derramamento inicial do Espírito Santo. Não é algo aprendido, nem ensinado, como por exemplo instruir crentes a pronunciar sílabas sem nexo.


2) O Espírito Santo nos adverte claramente que nestes últimos dias surgirá apostasia dentro da igreja (1Tm 4.1,2); sinais e maravilhas operados por Satanás (Mt 7.22,23; cf. 2Ts 2.9) e obreiros fraudulentos que fingem ser servos de Deus (2Pe 2.1,2).


3) Se alguém afirma que fala noutras línguas, mas não é dedicado a Jesus Cristo, nem aceita a autoridade das Escrituras, nem obedece à Palavra de Deus, qualquer manifestação sobrenatural que nele ocorra não provém do Espírito Santo (1 Jo 3.6-10; 4.1-3; cf. Gl 1.9 nota; Mt 24.11-24, Jo8.31).


Artigo extraído da Bíblia de Estudo Pentecostal - "O falar em línguas" - pág. 1631


"... sabendo que fui posto para a defesa do Evangelho". 

Filipenses 1:17