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domingo, 30 de agosto de 2020

ONDE ESTÃO OS MORTOS ?

 O ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS



Antes da ressurreição de Cristo


Para compreender os ensinos bíblicos sobre o lugar para onde vão os mortos é necessário observar o texto original em hebraico do AT, e o original grego do NT. A palavra SHEOL, no AT, eqüivale em sentido a HADES, no NT.  Diferem na forma porque a primeira é hebraica e a segunda é grega. Ambas designam o lugar para onde, nos tempos do AT, iam todos após a morte: justos e injustos, havendo, no entanto, nessa região dos mortos, uma divisão para os justos e outra para os injustos, separados por um abismo intransponível. Todos estavam ali plenamente conscientes. O lugar dos justos era de felicidade, prazer e segurança. Era chamado “Seio de Abraão” e “Paraíso”.  Já o lugar dos ímpios era (e é) medonho, cheio de dores, sofrimentos, estando todos lá, plenamente conscientes.

 

No NT há três palavras diferentes, no grego, que são traduzidas pela palavra INFERNO em português. O Inferno, segundo Lucas 16.22,23, por exemplo, é tradução da palavra grega HADES. Por outro lado, o Inferno, segundo Mateus 23.33 é tradução do grego GEENA, enquanto que o Inferno conforme 2ª Pedro 2.4, é tradução de TÁRTARO. Em cada versículo, o significado varia no original quanto ao lugar ocupado pelos espíritos dos mortos.


Depois da ressurreição de Jesus

Antes de morrer por nós, Jesus prometeu que as portas do Inferno não prevalecerão contra a Igreja (Mt 16.18). Isto mostra que os fiéis de Deus, a partir dos dias de Jesus, não mais descerão ao Hades, isto é, à divisão reservada ali para os justos. O texto em apreço indica futuridade em relação à ocasião em que foi proferido por Jesus. A mudança ocorreu entre a morte e a ressurreição do Senhor, pois Ele disse ao ladrão arrependido: ... hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). 


Sobre o assunto, diz o apóstolo Paulo: “... Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens. Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido até às regiões inferiores da terra?” 

(Efésios 4.8,9)



Entende-se, pois, que Jesus, ao ressuscitar, levou para o Céu os crentes do AT que estavam no “Seio de Abaão”. Jesus ressuscitou muitos desses crentes por ocasião da Sua morte, certamente para que se cumprisse o tipo prefigurado na Festa das Primícias (Lv 23.9-11), que profeticamente falava da ressurreição de Cristo (ICo 15.20,23). Nessa festa profética havia pluralidade (o texto bíblico fala de “molho” ou “feixe”). Logo, no seu cumprimento deveria haver também pluralidade. E houve, conforme vemos em Mateus 27.52,53. A obra redentora de Jesus no Calvário alcançou não só os vivos, mas também os mortos que dormiam no Senhor.


O apóstolo Paulo foi ao Paraíso, o qual está no terceiro Céu (2Co 12.1-4). Portanto, o Paraíso está agora lá em cima, na imediata presença de Deus. Não embaixo, como dantes. A mesma coisa vê-se em Apocalipse 6.9,10, onde as almas dos mártires da Grande Tribulação permanecem no Céu, “debaixo do altar”, aguardando o fim desse período para ressuscitarem (Ap 20.4) e ingressarem no reino milenar de Cristo.

 

Os crentes que agora dormem no Senhor estão no Céu, pois o Paraíso está lá agora, como um dos resultados da obra redentora do Senhor Jesus Cristo (2Co 5.8). No momento do arrebatamento da Igreja, seus espíritos virão com Jesus, unir-se-ão a seus corpos ressurretos e subirão com Cristo,já glorificados.


A Bíblia não mais se refere ao Paraíso como estando “embaixo”, depois que Cristo subiu para o Céu. Desse ponto em diante, todas as referências no NT falam da localização do Paraíso como estando “em cima” ou “no alto”.

 

Na manhã da ressurreição, antes de Cristo permitir que Maria Madalena ou os discípulos O tocassem, Ele desceu ao SHEOL onde libertou os mortos justos que estavam no Paraíso (seio de Abraão) e transferiu-os para um ponto situado nos lugares celestiais. Foi nessa ocasião que Ele “levou cativo o cativeiro” ou a multidão de almas cativas dos mortos justos esperando no SHEOL/HADES pela consumação da obra de Cristo.

 

Conforme vimos, quando morre, o crente não vai mais para o HADES e, sim, vai estar com Cristo. Paulo disse que deseja “partir e estar com Cristo”. Em 2ª Coríntios 5.6-8, o apóstolo é enfático ao expressar sua confiança de que estar “ausente do corpo” na morte é estar “presente com o Senhor”.

 

Portanto, os mortos justos estão “presentes conscientes com Cristo agora", ou seja, estão onde Cristo está. Onde Cristo está? Sabemos que o Senhor não está no HADES porque a Bíblia diz a respeito de Cristo que Sua alma não foi deixada no HADES. Onde Ele está então? Dezenas de referências bíblicas nos declaram que Ele ascendeu ao Céu e está à direita de Deus (Rm 8.34, Hb 1.3). E todos os que morrem salvos estão com Ele no Céu.

 

A presente situação dos ímpios mortos


10 razões pelas quais o inferno não existe
Cena do Filme: Constantine

 

Para os ímpios mortos não houve qualquer alteração quanto ao seu estado. Continuam descendo ao Hades, o “império da morte”, onde ficarão retidos em sofrimento consciente até o Juízo do Grande Trono Branco, após o Milênio, quando ressuscitarão para serem julgados e lançados no Inferno eterno (Ap 20.13-15).


Assim, qualquer fantasma ou “alma do outro mundo” que se afirmam aparecer por aqui é coisa diabólica, porque do HADES não sai ninguém. E uma prisão, cuja chave está com Jesus (Ap 1.18). Alma do outro mundo não vem à Terra, pois os salvos estão com Jesus e os perdidos estão presos. Satanás, sim, por enquanto está solto e sabe imitar e enganar com muita habilidade.

 

Em Ezequiel 32.17-32, no chamado “rol das nações ímpias no Hades”, vemos os ímpios mortos das nações ali referidas postos no HADES. Esta passagem é sumamente importante em face dos fatos que estamos abordando. Portanto, é necessário que você a leia na íntegra.

 

O estudo comparativo de passagens bíblicas como 1 Pedro 3.18-20 e Atos 2.27,31 mostra que a vitória de Cristo foi anunciada até no HADES, o Reino dos mortos. Todo o universo tomou conhecimento da vitória transcendental de Jesus na Sua morte e ressurreição.

 

A sorte do incrédulo é selada durante sua vida terrena. Ele sabe qual é o seu destino eterno e apenas aguarda o julgamento e a justiça de Deus para ser “lançado fora” e sua sentença começar a vigorar.


CONCLUSÃO

ORAÇÕES PELOS FALECIDOS | Raios Luminosos



Os justos estão com Deus

Em Filipenses 1.23, Paulo falou de partir e estar com Cristo. Referia-se ao dilema que tinha quanto ao morrer ou continuar vivo. Reconhecia que, continuar nesta vida significava muito sofrimento, mas o terminar desta vida significava uma partida imediata para a presença de Cristo.

 

Os justos estão no paraíso

Conforme Apocalipse 2.7, àquele que vencer, Cristo concederá o privilégio de comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus”. Ainda que não seja usado o termo “paraíso” em Apocalipse 22.1,2, é provável que a ideia seja a mesma. Nessa passagem, a “árvore da vida” aparece ao lado do rio da água da vida, e o quadro total é de um paraíso ou jardim de bem-aventurança.

 

Os justos estão vivos e conscientes

Os justos desincorporados estão vivos e conscientes. Ainda que o NT ensine que há um estado desincorporados durante o intervalo entre a morte e a ressurreição, em parte alguma deixa transparecer a ideia de que esse estado seja de animação suspensa ou de inconsciência.

 

Várias passagens bíblicas nos ajudam a compreender isso. Mateus 22.32 registra que Jesus declarou aos saduceus que Deus é Deus dos vivos. Sua declaração foi feita em referência às palavras dirigidas a Moisés na ocasião da sarça ardente: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó.”.

 

Jesus interpretou essa declaração como significando que Deus estava dizendo: Abraão, Isaque e Jacó morreram há muito tempo, porém eles continuam vivos. Deus não falou; Eu fui o Deus de Abraão... EU SOU... ou seja, EU CONTINUO SENDO O DEUS DE ABRAÃO...

 

Os justos estão em descanso

Esta declaração se baseia nas palavras de Apocalipse 14-13: “... Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham”.

 

A ideia principal do termo “descanso” é de refrigério depois do labor. Os que morrem no Senhor são descritos estando em um estado de bem-aventurança, porque entram numa experiência de regozijo, aliviados das lutas desta vida.

Mais do que isto, suas obras não param quando eles morrem, mas continuam produzindo efeitos até o dia em que serão abertos os livros (Ap 20.12).

 

O estado dos ímpios falecidos

 

As passagens do NT que tratam dos injustos no estado desincorporado são menos numerosas do que as que se referem aos justos. Porém, as poucas passagens que se relacionam com este tópico conduzem a várias conclusões:

 

Lucas 16.23 relata que:

a) Os ímpios falecidos estão num lugar fixo.

b) Os ímpios falecidos continuam vivos e conscientes.

c) Os ímpios falecidos estão separados de Deus.

 

2 Pedro 2.9 afirma que:

Os ímpios falecidos estão reservados para o castigo eterno. Portanto, o ensino de que os mortos (justos ou ímpios) se encontram na sepultura, em sono profundo e em estado de inconsciência, como ensinam o Adventismo do Sétimo Dia e as Testemunhas de Jeová, por exemplo, não encontra apoio nas Escrituras.

 

Quando a Bíblia usa a expressão que as pessoas que morreram estão dormindo, é uma figura de linguagem chamada EUFEMISMO e se refere ao estado do corpo e não da alma.



Estudo extraído do livro 
ESCATOLOGIA BÍBLICA - 
DEUS REVELA O FUTURO de autoria de ANTONIO GILBERTO DA SILVA, adaptado para o Curso de Teologia da EETAD - Escola de Educação Teológica das Assembleias de Deus, págs 3 à 10.




"...sabendo que fui posto para a defesa do Evangelho".

Filipenses 1:17


A RESSURREIÇÃO DO CORPO

 “Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão? ”

 1ª Co 15.35



Estudos Bíblicos : Jesus disse: "Eu sou a Ressurreição e a Vida; quem crê  em Mim, ainda que esteja morto viverá. E todo aquele que vive e crê em Mim  nunca morrerá."
Gravura extraída do livreto: O Coração do Homem


A ressurreição do corpo é uma doutrina fundamental das Escrituras. Refere-se ao ato de Deus, de ressuscitar dentre os mortos o corpo do salvo e reuni-lo à sua alma e espírito, dos quais esse corpo esteve separado entre a morte e a ressurreição. 

1) A Bíblia revela pelo menos três razões por que a ressurreição do corpo é necessária. 

a) O corpo é parte essencial da total personalidade do homem; o ser humano é incompleto sem o corpo. Por conseguinte, a redenção que Cristo oferece abrange a pessoa total, inclusive o corpo (Rm 8.18-25).

b) O corpo é o templo do Espírito Santo (6.19); na ressurreição, ele voltará a ser templo do Espírito. (c) Para desfazer o resultado do pecado em todas as áreas, o derradeiro inimigo do homem (a morte do corpo) deve ser aniquilado pela ressurreição (15.26).


2) Tanto as Escrituras do AT (cf. Hb 11.17-19 com Gn 22.1-4; Sl 16.10 com At 2.24ss; Jó 19.25-27; Is 26.19; Dn 12.2; Os 13.14), como as Escrituras do NT (Lc 14.13,14; 20.35,36; Jo 5.21,28,29; 6.39,40,44,54; Co 15.22,23; Fp 3.11; 1Ts 4.14-16; Ap 20.4-6,13) ensinam a ressurreição futura do corpo.

3) Nossa ressurreição corporal está garantida pela ressurreição de Cristo (ver Mt 28.6 nota; At 17.31; 1Co 15.12,20-23).

4) Em termos gerais, o corpo ressurreto do crente será semelhante ao corpo ressurreto de Nosso Senhor (Rm 8.29; 1Co 15.20,42-44,49; Fp 3.20,21; 1Jo 3.2). Mais especificamente, o corpo ressurreto será: 


a) um corpo que terá continuidade e identidade com o corpo atual e que, portanto, será reconhecível (Lc 16.19-31); 


b) um corpo transformado em corpo celestial, apropriado para o novo céu e a nova terra (15.42-44,47,48; Ap 21.1); 

c) um corpo imperecível, não sujeito à deterioração e à morte (15.42); 

d) um corpo glorificado, como o de Cristo (15.43; Fp 3.20,21); 

e) um corpo poderoso, não sujeito às enfermidades, nem à fraqueza (15.43); 

f) um corpo espiritual (i.e., não natural, mas sobrenatural), não limitado pelas leis da natureza (Lc 24.31; Jo 20.19; 1Co 15.44); 

g) um corpo capaz de comer e beber (Lc 14.15; 22.16-18,30; 24.43; At 10.41).

5) Quando os crentes receberem seu novo corpo se revestirão da imortalidade (15.53). As Escrituras indicam pelo menos três propósitos nisso:

a) para que os crentes venham a ser tudo quanto Deus pretendeu para o ser humano, quando o criou (cf. 2.9);

b) para que os crentes venham a conhecer a Deus de modo completo, conforme Ele quer que eles o conheçam (Jo 17.3);

c) a fim de que Deus expresse o seu amor aos seus filhos, conforme Ele deseja (Jo 3.16; Ef 2.7; 1Jo 4.8-16).

6) Os fiéis que estiverem vivos na volta de Cristo, para buscar os seus, experimentarão a mesma transformação dos que morrerem em Cristo antes do dia da ressurreição deles (15.51-54). Receberão novos corpos, idênticos aos dos ressurretos nesse momento da volta de Cristo. Nunca mais experimentarão a morte física (ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA na Bíblia de Estudo Pentecostal).

7) Jesus fala de uma ressurreição da vida, para o crente, e de uma ressurreição de juízo, para o ímpio (Jo 5.28,29). 


Estudo extraído da Bíblia de Estudo Pentecostal, pág 1766


"...sabendo que fui posto para a defesa do Evangelho".

Filipenses 1:17

ISRAEL NO PLANO DIVINO PARA A SALVAÇÃO

 “Não que a Palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas”

 Romanos 9.6


Qual é o problema em mudar a embaixada para Jerusalém? | Super

INTRODUÇÃO


Em Rm 9–11, Paulo trata da eleição de Israel no passado, da sua rejeição do evangelho no presente, e da sua salvação futura. Esses três capítulos foram escritos para responder à pergunta que os crentes judaicos faziam: como as promessas de Deus a Abraão e à nação de Israel poderiam permanecer válidas, quando a nação de Israel, como um todo, não parece ter parte no evangelho? O presente estudo resume o argumento de Paulo. 


SÍNTESE

Há três elementos distintos no exame que Paulo faz de Israel no plano divino da salvação. 


1) O primeiro (9.6-29) é um exame da eleição de Israel no passado. 

a) Em 9.6-13, Paulo afirma que a promessa de Deus a Israel não falhou, pois a promessa era só para os fiéis da nação. Visava somente o verdadeiro Israel, aqueles que eram fiéis à promessa (ver Gn 12.1-3; 17.19). Sempre há um Israel dentro de Israel, que tem recebido a promessa. 

b) Em 9.14-29, Paulo chama a nossa atenção para o fato de que Deus tem o direito de fazer o que Ele quer com os indivíduos e as nações. Tem o direito de rejeitar a Israel, se desobedecerem a Ele e o direito de usar de misericórdia para com os gentios, oferecendo-lhes a salvação, se Ele assim decidir. 


2) O segundo elemento (9.30—10.21) analisa a rejeição presente do evangelho por Israel. Seu erro de não voltar-se para Cristo, não se deve a um decreto incondicional de Deus, mas à sua própria incredulidade e desobediência (ver 10.3 nota). 


3) Finalmente, Paulo explica (11.1-36) que a rejeição de Israel é apenas parcial e temporária. Israel por fim aceitará a salvação divina em Cristo. O argumento dele contém vários passos. 

a) Deus não rejeitou o Israel verdadeiro, pois Ele permaneceu fiel ao “remanescente” que permanece fiel a Ele, aceitando a Cristo (11.1-6). 

b) No presente, Deus endureceu a maior parte de Israel, porque os israelitas não quiseram aceitar a Cristo (11.7-10; cf. 9.31—10.21). 

c) Deus transformou a transgressão de Israel (i.e., a crucificação de Cristo) numa oportunidade de proclamar a salvação a todo o mundo (11.11,12, 15). 

d) Durante esse tempo presente da incredulidade nacional de Israel, a salvação de indivíduos, tanto os judeus como os gentios (cf. 10.12,13) depende da fé em Jesus Cristo (11.13-24). 

e) A fé em Jesus Cristo, por uma parte do Israel nacional, acontecerá no futuro (11.25-29). 

f) O propósito sincero de Deus é ter misericórdia de todos, tanto dos judeus como dos gentios, e incluir no seu reino todas as pessoas que crêem em Cristo (11.30-36; cf. 10.12,13; 11.20-24). 


PERSPECTIVA


Várias coisas se destacam nestes três capítulos. 

1) Esse exame da condição de Israel não se refere à vida ou morte eterna de indivíduos após a morte. Pelo contrário, Paulo está tratando do modo como Deus lida com nações e povos do ponto de vista histórico, i.e., do seu direito de usar povos e nações conforme Ele quer. Por exemplo, sua escolha de Jacó em lugar de seu irmão Esaú (9.11) teve como propósito fundar e usar as nações de Israel e de Edom, oriundas dos dois. Nada tinha que ver com seu destino eterno, i.e., quanto a sua salvação ou condenação como indivíduos. Uma coisa é certa: Deus tem o direito de chamar as pessoas e nações que Ele quiser, e determinar-lhes responsabilidades a cumprir. 


2) Paulo expressa sua constante solicitude e intensa tristeza pela nação judaica (9.1-3). O próprio fato que Paulo ora para que seus compatriotas sejam salvos, revela que ele não admitia o ensino teológico da predestinação fatalista, afirmando que todas as pessoas já nascem predestinadas, ou para o céu, ou para o inferno. Pelo contrário, o sincero desejo e oração de Paulo reflete a vontade de Deus para o povo judaico (cf. 10.21; ver Lc 19.41, nota sobre Jesus chorando por causa de Israel ter rejeitado o caminho divino da salvação). No NT não se encontra o ensino de que determinadas pessoas foram predestinadas ao inferno antes de nascer (ver o estudo ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO neste blog, clicando no link abaixo:  👇👇👇


ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO NA BÍBLIA


3) O mais relevante neste assunto é o tema da fé. O estado espiritual de perdido, da maioria dos israelitas, não fora determinado por um decreto arbitrário de Deus, mas, resultado da sua própria recusa de se submeterem ao plano divino da salvação mediante a fé em Cristo (9.33; 10.3; 11.20). Inúmeros gentios, porém, aceitaram o caminho de Deus, que é o da FÉ, e alcançaram a justiça mediante a FÉ. Obedeceram a Deus pela FÉ e se tornaram “filhos do Deus vivo” (9.25,26). Esse fato ressalta a importância da obediência mediante a (1.5; 16.26) no tocante à chamada e eleição da parte de Deus. 


4) A oportunidade de salvação está perante a nação de Israel, se ela largar sua incredulidade (11.23). Semelhantemente, os crentes gentios que agora são parte da igreja de Deus são advertidos de que também correm o mesmo risco de serem cortados da salvação (11.13-22). Eles devem sempre perseverar na fé com temor. A advertência aos crentes gentios em 11.20-23, pelo fato da falha de Israel, é tão válida hoje quanto o foi no dia em que Paulo a escreveu. 


5) As Escrituras estão repletas de promessas de uma futura restauração de Israel ao aceitarem o Messias. Tal restauração terá lugar ao findar-se a Grande Tribulação, na iminência da volta pessoal de Cristo (ver Is 11.10-12 nota; 24.17-23 nota; 49.22,23 nota; Jr 31.31-34; Ez 37.12-14 nota; Rm 11.26 nota; Ap 12.6 nota).


Estudo extraído da Bíblia de Estudo Pentecostal, pág. 1715, 1716



"...sabendo que fui posto para a defesa do Evangelho" 

Filipenses 1:17



RAZÕES BÍBLICAS POR QUE A IGREJA NÃO PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO

 POR QUE A IGREJA NÃO PASSARÁ 

PELA GRANDE TRIBULAÇÃO ?



1) Nenhuma passagem na Bíblia fala, digamos, claramente, objetivamente, que a igreja passará pela Grande Tribulação. ISRAEL SIM, sempre está identificado como passando pela Grande Tribulação, bem como as nações ímpias de todo mundo, mas a igreja não.


2) O livro do Apocalipse, ou das revelações, é um tratado da “Septuagésima semana de Daniel” (Dn 9.27). A história da Igreja está registrada nas cartas às sete igrejas da Ásia menor, nos capítulos 2,3. Isso representa a história universal da Igreja do Senhor Jesus, desde sua inauguração no dia de Pentecoste até o rapto. A partir do capítulo 4, começou a revelar o que aconteceria Depois destas coisas” (4.1), isto é, depois do período da Igreja.

Os capítulos 9 a 19 descrevem o período da Grande Tribulação. É interessante e significativo que, em todos esses capítulos, a Igreja não é mencionada nenhuma vez. No capítulo 4, os 24 anciãos sentados sobre tronos em volta do Trono de Deus, como representantes da Igreja arrebatada que já recebera seus galardões e que já se sentara com Cristo em tronos (Ap 3.11). 

Em Apocalipse 19.4-8 vemos a Igreja voltando com Cristo à Terra para reinar. Naturalmente, para poder voltar, seria necessário primeiro estar com Cristo.


3) 
Uma grande promessa feita à Igreja de Filadélfia. Por todas as características dessa Igreja, certamente ela representa a verdadeira Igreja do Senhor Jesus Cristo nos dias do Arrebatamento. Vejamos a promessa: 

Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei DA HORA(não diz NA HORA) da tentação que há de vir sobre todo mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10). 

Vemos que aqui a “tentação”, se trata de uma tribulação de âmbito mundial tentação que há de vir sobre todo mundo”. O pastor Elinaldo Renovato diz o seguinte: 

“O livramento da “hora da tentação”, ou da “provação”, que virá sobre todo o mundo não se refere apenas à igreja de Filadélfia, mas é uma advertência a todas as igrejas cristãs: Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 3.13,22). 

Continua ele: A igreja não estará mais na terra quando começar a Grande Tribulação. Ela passará, sim, pelo “princípio das dores” (Mt 24.8).


4) A Grande Tribulação será um período de sete anos de sofrimentos jamais vistos e sem nenhum parâmetro jamais ocorrido em todo o mundo (Dn 9.27; Ap 12.12). É também chamado de “a grande aflição” (Mt 24.21); “Tempo de angústia” (Dn 12.1); “Angustia de Jacó” (Jr 30.7); Essa angústia vai superar tudo aquilo que o mundo já tenha provado até então  [e não se refere a Igreja de Cristo]¹. (Lc 21.25,26; Sf 1.14, 15).


5) A Grande Tribulação representa um período de juízo ou ira de Deus sobre um mundo ímpio, a “igreja” apóstata e Israel em rebeldia. Os grandes e terríveis juízos de Deus vão acontecendo pouco a pouco o tríplice agir de Deus nesse tempo: na medida que o Cordeiro, vai abrindo os sete selos um a um (Ap 6. 1-17); com a abertura do sétimo selo, começa o toque das sete trombetas (Ap 8.1-13; 91-21; 11. 15-19); e, culmina com o derramar das sete taças, que são as últimas pragas ou flagelos de Deus sobre o mundo (Ap 15. 1; 16.1-20). Assim se consuma a ira de Deus : … se lembrou Deus para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira” (Ap 16.19b).


6) Em contraste com esse castigo que Deus manda sobre a Terra, temos a promessa de Jesus para a sua Igreja:

Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha Palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação (juízo), mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24). 

Ler ainda (1Ts 5.9; Rm 5.9; 1Ts 1.10). O ímpio está destinado a sofrer as pragas de Deus, mas o fiel escapará.


7) O contexto de  1ª Tessalonicenses 5.9 mostra-nos que a IRA DE DEUS virá, de fato, após o arrebatamento, isto é: durante a Grande Tribulação – segundo Stanley Horton.


8) Fica mais que evidente, pois,em nenhuma parte vemos a Igreja de Cristo deixada na Terra para sofrer os julgamentos de Deus durante a Grande Tribulação,
pois esses julgamentos serão a plena manifestação da ira de Deus [contra o pecador que não estará mais na era da Graça]². (Ap 6.16,17; 11.18; 14.10.19; 15.1,7; 16.1,19; 19.15).


9) O que me encoraja ainda mais em dizer que a Igreja não estará na Terra nesse tempo de angústias, é ler e ouvir o que o velho apóstolo escreveu sobre suas revelações na ilha de Patmos, dizendo que, ao toque da sexta trombeta, e já estando a terra, quase que totalmente devastada, mesmo assim ele nos diz:

E os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não se arrependeram das obras de suas mãos, para não adorarem os demônios e os ídolos de ouro, e de prata, e de bronze, e de pedra, e de madeira, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar” (Ap 9.20).

Com certeza, esse versículo exclui a presença da Igreja salva nesse período, disse Horton. 

Outros lugares ainda falam sobre o dia da IRA que revelará os justos julgamentos de Deus sobre os corações impenitentes e rebeldes (Rm 2.5; Ef 5.6; Col 3.6; 1Pe 4.5). A tribulação que passamos hoje, segundo Paulo, ela é “leve e momentânea” (2Co 4.17). Nós não estamos esperando a IRA DE DEUS e sim, quer morramos, quer vivamos, estamos esperando o arrebatamento para estarmos para sempre com o Senhor. 

Paulo diz, que nós, os que temos as primícias do Espírito já estamos gemendo (Rm 8.18-23). Já passamos por lutas e aflições, sendo essa uma certeza, pois nosso Senhor Jesus Cristo disse: … no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16. 33).


10) A Grande Tribulação, mesmo que será abrangente a todo mundo, tem a ver especialmente com Israel (Jr 30. 4-9; Dn 12.1; Mt 24. 15,21).


11) O tempo da graça, ou o período da igreja vai da 69ª a 70ª semana de Daniel (Semana de anos) (Dn 9.24-27). A morte de Cristo (o Messias) deu-se depois da 69ª semana (v 26). Neste ponto teve início a Dispensação da Graça, ou o tempo da Igreja do Senhor na face da terra (Jo 1.17), que irá até o dia do Arrebatamento, antes da Grande Tribulação (At 15. 14-18; Am 9.11,12; Rm 11.25,26).


12) Paulo também deixa-nos claro que a salvação da Igreja inclui a salvação da ira vindoura (1Ts 1.10; 5.9). Por isso ensinamos, que devemos esperar a vinda de Cristo e nunca a Tribulação.


13) O ensino tipológico do Antigo Testamento, apresenta José como um tipo de Cristo. Ele casou-se com Asenate, uma mulher estrangeira, gentílica,  durante o tempo de sua rejeição por parte de seus irmãos e antes dos sete anos de fome (Gn 41. 45). Semelhantemente, Cristo receberá a sua noiva que, na sua maioria, também é gentílica, durante o tempo de sua rejeição por parte dos seus irmãos segundo a carne, Israel (Jo 1.11; At 13.46-48).


14) Enoque foi considerado como tipo dos crentes arrebatados antes da Grande Tribulação, pois a sua transladação se deu antes do dilúvio (Jd 14-16; Gn 5.24).


15) Elias é outro tipo de Arrebatamento da Igreja, pois foi ARREBATADO e logo depois disso seguiu-se um período terrível de apostasia em Israel, com os profetas dizendo constantemente que os REIS FAZIAM O QUE ERA MAU AOS OLHOS DO SENHOR.

Interessante que após o ARREBATAMENTO de Elias e morte de Josias, o deslize de Judá em direção à destruição foi rápido e culminou no saque de Jerusalém por Nabucodonosor em 586 a.C. no capítulo 25 (juízo de Deus).³


16) A Igreja com a ação da graça de Deus através do Espírito Santo nela, é o sal que ainda preserva este mundo. Quando ela for tirada do meio dos homens, como previsto em 2Ts 2.7-10, então esse mundo velho e cheio de pecados, entrará em estado de total decomposição moral e espiritual. Aí será revelado o mistério da iniquidade – o anticristo – com toda operação do erro, que culminará com o juízo de Deus sobre toda a humanidade (2Pe 3.7).


17) Nesse tempo, a Igreja do Senhor, a noiva do Cordeiro, já estará na glória do Pai (Jo 17.24). Glória a Deus!


Como disse Paulo:

Se alguém não ama ao Senhor Jesus Cristo, seja anátema. Maranata!
A graça do Senhor Jesus Cristo seja convosco.
O meu amor seja com todos vós em Cristo Jesus. Amém.

1ª Coríntios 16:22-24



Estudo do 
Pr. Daniel Nunes da Silva extraído do site:

http://adcampinagrande.com.br/2019/09/27/a-igreja-nao-passara-pela-grande-tribulacao/?fbclid=IwAR0bahvTc2r976Dx9b0dxIgd-piqimvdCkQNCqLmGDMxKr7wT5sEg3iGpLo


Notas
Acréscimos meus

1. [e não se refere a Igreja de Cristo].
2. [contra o pecador que não estará mais na era da Graça].
3. [Comentário sobre Elias não tem no texto original].



"...sabendo que fui posto para a defesa do Evangelho".
Filipenses 1:17

domingo, 9 de agosto de 2020

A GRAÇA PREVENIENTE

Arminianismo - A Mecânica da Salvação

Por Silas Daniel

 


 

 

 

Este Blog, em parceria com a página "Teologia Arminiana", uma plataforma no Instagram de cunho arminiano, abordará nesse presente artigo, uma doutrina deveras importante na questão soteriológica - GRAÇA PREVENIENTE. 

 

Essa graça é conhecida como “preveniente”, no sentido de ser “prévia”, a que vem antes. Não é que seja um outro “tipo” de graça divina, mas é um termo usado apenas para diferenciar da graça cooperante. 

A Graça Preveniente - e não proveniente - é aquela graça que atua antes do indivíduo se converter, ao passo em que a graça cooperante é a que coopera ao longo de todo o curso da caminhada cristã. Calvinistas e arminianos creem na graça preveniente, com a diferença de que os calvinistas creem que essa graça é limitada, somente para alguns e que é irresistível.

 

Roger Olson em sua obra, Teologia Arminiana: Mitos e Realidades, define o termo:

 

 

A graça preveniente é simplesmente a graça de Deus convincente, convidativa, iluminadora e capacitadora, que antecede a conversão e torna o arrependimento e a fé possíveis. Os calvinistas interpretam-na como irresistível e eficaz; a pessoa na qual esta graça opera irá se arrepender e crer para salvação. Os arminianos interpretam-na como resistível; as pessoas sempre são capazes de resistir à graça de Deus, conforme a Escritura nos adverte em Atos 7:51. ¹

 

 

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 1. OLSON, Roger. Teologia Arminiana: Mitos e Realidades. Editora Reflexão: 2013, pág. 45.

 

 

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Segue o link da página "Teologia Arminiana" no Instagram,  que gentilmente cedeu as imagens para a elaboração deste artigo.

 

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"sabendo que fui posto para a defesa do Evangelho".

 

 

Filipenses 1:17