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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

REFUTANDO A TULIP DO CALVINISMO - PARTE 2



TULIP  REFUTADA
ELEIÇÃO INCONDICIONAL

Como já foi dito em matéria anterior nesse blog os Cinco Pontos do Calvinismo geralmente são apresentados sob o acrônimo no idioma inglês: TULIP.

  • Depravação Total (Total Depravity)

  • Eleição Incondicional (Unconditional Election)  - neste post

  • Expiação Limitada (Limited Atonement)

  • Graça Irresistível (Irresistible Grace)

  • Perseverança dos Santos (Perseverance of the Saints)

Como Boettner, que disse:

“Prove que qualquer um destes pontos seja falso e o sistema como um todo precisa ser abandonado".

Ou seja, basta REFUTAR um ponto do calvinismo e todos caem automaticamente.

No primeiro post abordamos o primeiro tema da TULIP, que é a DEPRAVAÇÃO TOTAL, hoje vamos dar continuidade ao tema desmascarando o segundo ponto da TULIP que é o da ELEIÇÃO INCONDICIONAL




A ELEIÇÃO INCONDICIONAL é o ensino que Deus, por um DECRETO soberano e eterno, escolheu alguns homens para salvação e o restante para perdição eterna. 

No CALVINISMO, algumas pessoas JÁ nascem salvas e outras JÁ nascem perdidas. 

Essas pessoas já tem seu DESTINO DECRETADO IRREVERSIVELMENTE e não há chance alguma contra esse destino DECRETADO pelo próprio Deus Soberano.

REFUTAÇÃO

É óbvio que esse não é o ensino cristalino das Escrituras. 

Primeiramente a Bíblia diz que o INFERNO foi preparado para o diabo e seus anjos(Mateus 25. 41). Ou seja, o Homem no INFERNO é um intruso. Ele vai pra lá porque assim escolheu. 

Já numa primeira análise despretensiosa notamos que essa doutrina onde diz que DEUS escolheu SALVAR uns e CONDENAR outros para o INFERNO é grosseira, herética e contraditória. 

DEUS não criou ninguém para ir ao INFERNO. Merecemos, mas não significa que Ele quer que vamos pro INFERNO. 

Por isso Ele providenciou o RESGATE à TODA à raça humana através do sacrifício de seu Filho. 

"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna".(João 3.16)

" e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro". (1ª João 2.2)




Um dos motivos que faz a doutrina da ELEIÇÃO INCONDICIONAL ser contraditória e antibíblica é pelo fato das Escrituras ensinarem que Deus não tem prazer na morte do ÍMPIO, mas que antes que HOMEM ÍMPIO se arrependa de seus pecados e VIVA. 

Como podemos observar, essa DOUTRINA trás um contraste gritante. 

De um lado, temos a Bíblia, a inerrante Palavra de Deus e inspirada pelo Espírito Santo, dizendo que Deus NÃO DESEJA a morte do ímpio.  

Do outro temos o CALVINISMO que ensina que Deus decretou mesmo antes do nascimento que algumas pessoas estão pré-ordenadas para a vida eterna e outras pré-determinadas para a perdição

A Bíblia é muito clara quando afirma que a morte de um réprobo NÃO AGRADA a Deus e que Deus NÃO QUER a morte dele. 

De Gênesis à Apocalipse fica muito claro que Deus quer que TODOS OS HOMENS cheguem ao arrependimento, que não deseja que NINGUÉM pereça e que TODOS os homens sejam salvos e venham ao CONHECIMENTO DA VERDADE. 

Isso está na Bíblia, que é a regra de conduta e fé para todos os cristãos.



Na doutrina de João Calvino, lemos que Deus QUER que os não-eleitos se percam e que a única causa pela qual Deus os reprova, é porque QUER EXCLUÍ-LOS da herança e que Deus lança os infantes à MORTE ETERNA porque isso lhe pareceu bem e só demonstra Amor, Misericórdia e desejo de salvação aos eleitos.

Afirmações deste teor que ensinam que a ELEIÇÃO é INDIVIDUAL e INCONDICIONAL estabelecida por um DECRETO antes da fundação do mundo, ou antes do nascimento das pessoas, sem lhes dar OPORTUNIDADE de mudar seu destino, não encontra subsídios suficientes nas Escrituras, mas apenas numa INTERPRETAÇÃO PARTICULAR DAS ESCRITURAS. 

Não podemos ISOLAR um texto FORA DE CONTEXTO e fazermos uma doutrina. 





Então, a doutrina da ELEIÇÃO 
é bíblica ou não ?

Sim, ela é bíblica, mas condicional para quem permanecer FIEL até o FIM.


A visão bíblica da predestinação é uma visão corporativa e é assim que arminianos interpretam essa doutrina, pois resta provado que ela é a mais harmoniosa com as Escrituras. 


Ao invés de Deus selecionar uma pessoa na eternidade e escolhê-la para a salvação, Deus decide que um grupo, a Igreja, será salvo. 

Por “Igreja” (ekklesia) compreende-se a “totalidade dos cristãos dispersos por todo o mundo”. Deus decidiu de antemão que aqueles que fizessem parte do Corpo de Cristo estariam predestinados à salvação, mas ele não escolheu individualmente quem faria parte deste Corpo. 

Em outras palavras, TODOS tem oportunidade de salvação e podem optar livremente por fazerem parte do Corpo de Cristo ou não, e aqueles que decidem fazer parte do Corpo estão predestinados à salvação.

Assim sendo, a eleição é corporativa, condicional e não individual

Uma pessoa pode ser considerada “eleita” somente se ela estiver em Cristo, fazendo parte do Corpo de Cristo, em comunhão com os santos. 

Isso explica o porquê que sempre que a palavra “predestinação” aparece na Bíblia, ela aparece no plural, em todas as quatro ocorrências do termo.


Os Calvinistas não vivem afirmando que Paulo é o Apóstolo da Predestinação ? 

Mas como se ele ainda dizia que não havia alcançado o alvo:

“Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. 

(Filipenses 3:13-14)

Para não estendermos muito esse artigo e consolidarmos a eleição bíblica vamos fazer uso de um texto muito clássico de Pedro:

“Portanto, irmãos, empenhem-se ainda mais para consolidar o chamado e a eleição de vocês, pois se agirem dessa forma, jamais tropeçarão, e assim vocês estarão ricamente providos quando entrarem no Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2ª Pedro 1:10,11)


Por que temos que “consolidar” a nossa eleição? 

Porque ela não é “fixa”. A palavra utilizada no grego aqui é bebaios, que significa “estável, fixo, firme”

Se temos que fazer firme a nossa eleição, é porque ela não é algo já fixo, estável ou imutável. É por isso que Pedro diz que, se agirmos assim, jamais tropeçaremos, passando nitidamente a ideia de que, se não consolidarmos nossa eleição, iremos tropeçar e não estaremos no “Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”.




CONCLUSÃO


A predestinação, em um conceito bíblico, é simples. Quem crer será um vaso de honra, enxertado na oliveira e estará predestinado à salvação. Quem não crer será um vaso de desonra, excluído da oliveira e estará predestinado à perdição. 

Deus não escolhe um indivíduo arbitrariamente e decide tudo a respeito dele, mas garante o que ele será caso ele persevere até o fim no caminho que ele decidiu seguir, seja para a vida, seja para a morte.


'...sabendo isto,  que fui posto para defesa do Evangelho".

Filipensenses 1.17

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