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quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

ARREBATAMENTO DA IGREJA SECRETO OU NÃO ?

O QUE DIZ A BÍBLIA ?

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A vinda do Senhor Jesus 


A vinda do Senhor Jesus tem uma tríplice relação: à Igreja (para o arrebatamento), à Israel (para seu preparo em receber o Messias sete anos depois) e, às Nações (para o Milênio). Essa tríplice divisão natural é depreendida do que está registrado na 1ª carta de Paulo aos Tessalonicenses 4.16 que expressa o significado do argumento quando diz: 

  1. “ ...o alarido” (à Igreja); 
  2. “ ...a voz do arcanjo” (a Israel); 
  3. “ ...a trombeta de Deus” (às Nações).

  • Em relação à Igreja 

Para com a Igreja, a descida do Senhor aos ares para ressuscitar os que dormem e transformar os crentes vivos é apresentada como constante expectação e esperança, conforme 1ª Corintios 15.51,52; Filipenses 3.20; 1ª Tessalonicenses 4.14-17; 1ª Timóteo 6.14; Tito 2,13; e Ap 3:10 e 22.20. 

  • Para Israel
Para o povo escolhido, a vinda do Senhor é predicada para cumprir as profecias que dizem respeito ao seu ressurgimento nacional, a sua conversão, e estabelecimento em paz e poder sob o Pacto Davídico (Am 9.11,12; At 15.14-17). 

  • Para as Nações

No caso das Nações, a Volta do Senhor é predicada para consumar a destruição do presente sistema político universal (Dn 2.44,45; Ap 19.11, Mateus 25:32). Sendo, porém, que os dois últimos acontecimentos relacionados com Israel e as Nações só terão lugar sete anos depois do arrebatamento da Igreja por Jesus Cristo.

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A volta de Jesus prometida na Bíblia se dará em duas fases distintas, doutrina essa que os pseudos teólogos da atualidade se recusam a admitir e apresentam uma interpretação particular para negar um fato consolidado nas Escrituras. Contudo, após criteriosa análise textual e exegética, as evidências comprovam que esse evento se dará em duas fases distintas.

A primeira será secretamente ao mundo, para arrebatar os santos conforme 1ª  Tessalonicenses 4:

"Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.


Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor".

(1ª Tessalonicenses 4:16,17)

Depois de 07 anos desse evento, a volta de Jesus se dará em glória nas nuvens, onde todo o olho o verá descer sobre o monte das Oliveiras, conforme Mateus 24 e Zacarias 14:

"E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas.

Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.

E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus".


(Mateus 24:29-31)

"E naquele dia estarão os seus pés sobre o Monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul.

(Zacarias 14:4)



No que diz respeito à sua primeira vinda, ou fase, se destinará apenas à sua Igreja, e é chamada de “encontro” em 1ª Tessalonicenses 4.17, conforme já mencionado acima. 


A palavra “ arrebatamento” não se encontra graficamente na Bíblia, nas passagens que descrevem o momento do arrebatamento da Igreja, mas o conceito do termo está na frase inserido. 

Isto é, no contexto que diz: “ ...seremos arrebatados” (1 Ts 4.17). 

A presente expressão obedece à seguinte sentença: -"tirar”, “arrancar” , “levar” , “afastar” , “tirar por força ou por violência”, “impelir” , “suprimir” , “ elidir”.

O termo "arrebatamento" deriva da palavra "raptus" em latim, que significa "ARREBATADO RAPIDAMENTE E COM FORÇA". O vocábulo grego HARPAGESOMETHA, significa literalmente arrebatados poderosamente.


 Todas estas expressões designam, fundamentalmente, o traslado de uma coisa de um lado para outro ou de uma dimensão inferior para uma outra superior. 

Encontramos no Novo Testamento cinco termos técnicos na língua grega que descrevem a manifestação de Cristo em suas duas fases futuras: Arrebatamento e Parousia e cada uma delas exemplificadas com passagens bíblicas: 

  • Optomai, que significa aparecer 

“Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hebreus 9.28). 


  • Ercomai, que significa vir 

“ E, se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejai vós também” (João 14.3). 


  • Epphanos, que significa aparição 
“Que guardes este mandamento sem mácula e repreensão, até a aparição de nosso Senhor Jesus Cristo” (1ª Timotéo 6.14). 

  • Apokalypsis, que significa revelação e/ou desvendamento. 
“De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 1.7). 

  •  Parousia, que significa presença ou vinda

“E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda” 
(2ª Tessalonicenses  2.8).


O retorno de Cristo exemplificado - Tipologia 

Encontramos no Antigo Testamento, especialmente no livro de Levítico 23, o ritual de cada festa estabelecida por Deus e observada pelo povo de Israel na Terra Santa. Cada festa destas, de acordo com sua significação especial, aponta para um tempo futuro, um tempo escatológico. Nosso Deus é um Deus de Festa. 

A Festa da Páscoa (Lv 23.4). 
A primeira delas era a Páscoa do Senhor e era celebrada “ no mês primeiro, aos 14 dias do mês, pela tarde, é a páscoa do Senhor” . Esta festa é comemorável, e sua tipologia fala sobre a Redenção, feita por um grande Redentor e significa “...Cristo, nossa páscoa..., sacrificado por nós” (1 Co 5.7).

A Festa dos Pães Asmos (Lv 23.6)
A segunda festa deste calendário simbolizava a comunhão com Cristo, e o pão sem fermento, na plena bem-aventurança de sua redenção, e ensina um andar santo. A ordem divina aqui é linda: primeiro, redenção, depois um viver santo (1ª Co 5.6-8 -1ª Pedro 2:9). A tipologia é viver em santidade para ver o Senhor: 

"Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor".

Hebreus 12:14


"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo".

1ª Tessalonicenses 5:23

A Festa das Primícias (Lv 23.10). 
A festa das primícias era uma figura da Ressurreição, primeiro de Cristo, depois os que são de Cristo na sua vinda (1 Co 15.23; 1 Ts 4.14-16 etc).


A Festa do Pentecostes (Lv 23.15-22). 
A quarta festa do calendário judaico, era chamada de “ pentecoste”. Segundo a interpretação dada pelo doutor C.I. Scofield, ela simboliza a descida do Espírito para a Igreja, conforme aconteceu no Cenáculo em que os discípulos oravam no dia de Pentecostes em Atos 2.1. Desde seu início até o fim, esta festa é o antítipo da descida do Espírito Santo para formar a Igreja do Senhor. 

A Festa das Trombetas (Lv 23.23-25). 
A quinta festa chamada  “...das trombetas” tem um valor completamente profético e se refere à futura restauração no sentido total da nação israelita.

É importante salientar que existe um longo período entre o Pentecoste e a festa das Trombetas, ou seja, é uma referência ao período entre o Pentecoste e a introdução do Milênio. Este período, segundo se depreende, corresponde ao longo período do trabalho pentecostal do Espírito Santo sobre a Igreja aqui na terra, na atual dispensação (cf. Is 18.3; 27.13; 58.1 e ss; J1 2.1 e ss; 3.21 etc). 

Esta festa é seguida imediatamente pelo dia da Expiação. Simbolicamente falando, a festa das Trombetas tem dois significados, pois fala do ajuntamento de Israel; assim como profeticamente, também fala do Arrebatamento da Igreja  (“···A Grande Colheita” ) e logo a seguir, vem a penúltima festa.

A Festa da Expiação (Lv 23.26-32). 
Segundo os rabinos, o dia da Expiação é o mesmo descrito em Levítico 16.29-34, mas aqui a ênfase está sobre a tristeza e arrependimento de Israel. Em outras palavras, seu valor profético é saliente, e isto antecipa o arrependimento de Israel, depois do seu julgamento, quando de Sião vier o Libertador, e expiar a iniquidade de seu povo (Is 9.14; Rm 11.26).

A festa dos Tabernáculos (Lv 23.34 e ss). A festa dos Tabernáculos simboliza o estabelecimento do reino milenar de Cristo com poder e grande glória. “ A festa era tanto memorial como profética, memorial porque lembrava o tempo de peregrinação no Egito (Lv 23.43); e profética pelo descanso milenar de Israel depois da restauração, quando a festa dos Tabernáculos virá a ser outra vez um memorial; e, desta vez, não será só para Israel mas para todas as nações durante o Reino Milenar de Cristo (Ez cap. 40 a 48; Zc 14.16-21). 
Esta festa era memorial para Israel como a Santa Ceia do Senhor é para sua Igreja: “ Fazei isto em memória de mim”.


CONCLUSÃO

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Para os cristãos da Igreja Primitiva a maior e mais sublime expectação era o retorno de Cristo para buscar seus Santos naquela época ainda. Paulo, por exemplo, conserva em si uma expectação imediata da presença de Cristo em sua vida. Leiamos o que Paulo diz:

Em 1ª Tessalonicenses 4.15:Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós (ele atualiza), os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem" - E na seção seguinte ele exclama -  “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus...” 
Paulo emprega o pronome <<NÓS>> por saber que a volta do Senhor poderia acontecer a qualquer momento durante aquele período mesmo e comunica aos 
Tessalonicenses essa mesma esperança.

As referências de que Jesus poderia arrebatar a Igreja naquele período mesmo segundo Paulo são muitas:

Na passagem de Romanos 16.20, encontramos a ardente expectação de Paulo pelo retorno de Cristo, quando diz: “E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés...” 

Esta ansiedade de Paulo e dos demais cristãos no primeiro século vem à tona em vários elementos doutrinários, tais como:

Em 1ª Coríntios 7.29, lemos: “Isto, porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia, o que resta é que também os que têm mulheres sejam como se as não tivessem” . 

Em 1ª Coríntios 10.11, Paulo diz: “Ora tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estas estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos”. 

Em outras formulações referentes à expectativa imediata dos escritores do Novo Testamento quanto ao retorno de Cristo, são os verbos e advérbios que deixam bem claro a urgência para tal acontecimento! 

Veja: 

1) “E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação (plena redenção do corpo) está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé” (Rm 13.11). 

2) “Seja a vossa equidade notória a todos os homens. Perto está o Senhor!” (F1 4.5). 

3) "E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo".

1ª Tessalonicenses 5:23

4) “Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5.8). 

5) “O Senhor não retarda a sua promessa (da sua vinda), ainda que alguns a têm por tardia...” (2 Pd 3.9a,).


Ou seja, a promessa do Arrebatamento da Igreja é uma promessa feita pelo próprio Senhor Jesus. Ou seja, se Ele não vier buscar a sua Igreja, será um grande mentiroso e Sua Palavra um conto sombrias de lendas obscuras. 

Mas assim como Deus cumpriu as suas promessas, com o Arrebatamento da Igreja não será diferente, por que essa é a bem-aventurada esperança é que nos anima e fortalece até mesmo nas horas difíceis. 

Vale a pena lutar com todo o empenho até o fim, como disse Jesus: 

"Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo" 
(Mateus 24:13). 

"Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei DA( e não NA) hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra" 
(Apocalipse 3:10).

Essa luta até o fim, só é possível com o auxílio do Espírito Santo que nos ajuda a vencer o pecado, o diabo e o mundo, para que possamos estar aptos à atender a chamada final, o toque de reunir do Senhor.

Não será outro que virá nos chamar, mas o próprio Senhor Jesus que descerá até as nuvens ao nosso encontro(Atos 1:11). O mesmo Senhor que nos salvou e tem nos guardado na peregrinação nesta vida. 


O mesmo que morreu, mas ressuscitou para a nossa redenção e justificação.  O mesmo que subiu ao céu para interceder por nós. O mesmo Jesus bondoso paciente, poderoso e amoroso.

Aquele que dá testemunho destas coisas diz: "Sim, venho em breve!"
Amém. Vem, Senhor Jesus! -- Apocalipse 22:20

"... sabendo que fui posto para a defesa do Evangelho".

Filipenses 1:17



Colaboração: Severino Pedro da Silva - Escatologia, doutrina das últimas coisas. Rio de Janeiro, Editora CPAD, 1988 - 11' Edição 1998

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