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quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

O PERÍODO DO ANTICRISTO

 O HOMEM DO PECADO



“Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus”.

2ª Ts. 2.3,4 


Segundo a Bíblia, está para vir o Anticristo (cf. 1ª Jo. 2.18); aquele que trama o derradeiro ataque furioso de Satanás contra Cristo e os santos, pouco antes do tempo em que nosso Senhor Jesus Cristo estabelecerá o seu Reino na Terra, c com sede em Jerusalém. 


As expressões que a Bíblia usa para o Anticristo são “o homem de pecado” e “o filho da perdição” (2.3). Outras expressões usadas na Bíblia são “a besta que sobe do mar” em Ap 13.1-10, a “besta de cor escarlate” (Ap 17.3) e “a besta” (Ap 17.8,16;19.19,20; 20.10).


SINAIS DA VINDA DO ANTICRISTO


Diferentemente do Arrebatamento da igreja, a vinda do Anticristo não ocorrerá sem sinais precursores. Pelo menos três eventos deverão ocorrer antes dele surgir na Terra: 

1) o “mistério da injustiça” que já opera no mundo, deverá intensificar-se;

(2) virá a “apostasia” (2.3); (3) “um que, agora, resiste”, deve ser afastado;


O “mistério da injustiça”, i.e., é o espírito do ANTICRISTO que já opera no mundo, conforme o Apóstolo João previu. Trata-se da atividade secreta dos poderes do mal, ora evidente no mundo inteiro, que aumentará até alcançar seu ponto máximo na total zombaria e desprezo a qualquer padrão ou preceito bíblicos. 


Por causa do predomínio da iniquidade, o amor de muitos esfriará (Mt. 24.10-12; Lc. 18.8). Mesmo assim, um remanescente fiel permanecerá leal à fé apostólica conforme revelada nas páginas do NT (Mt. 24.13; 25.10; Lc. 18.7). 


Por meio desses fiéis, a igreja permanecerá batalhando e manejando a espada do Espírito até ser arrebatada (ver Ef. 6.11 nota - BEP).

Ocorrerá a “apostasia” (gr. apostasia), que literalmente significa “desvio’’, “afastamento’’, “abandono’’ (2.3). 


Nos últimos dias, um grande número de pessoas da igreja apartar-se-á da verdade bíblica, e sã doutrina deixada por Cristo e pelos apóstolos, conforme Paulo escreveu à Timóteo:

Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina


Tanto o Apóstolo Paulo quanto Cristo revelam um quadro difícil da condição de grande parte da igreja — moral, espiritual e doutrinariamente — à medida que a era presente chega ao seu fim (cf. Mt 24.5, 10-13, 24; 1Tm 4.1; 2Tm 4.3,4). 


Paulo, ressalta que nos últimos dias elementos ímpios ingressarão nas igrejas em geral.

Essa “apostasia” dentro da igreja terá duas dimensões. 

A apostasia teológica, que é o desvio de parte ou totalidade dos ensinos de Cristo e dos apóstolos, ou a rejeição deles (1ª Tm 4.1; 2 Tm 4.3). Os falsos teólogos, líderes  espirituais, apresentarão uma salvação fácil e uma graça divina sem valor, desprezando as exigências de Cristo quanto ao arrependimento, à separação da imoralidade, e à lealdade a Deus e seus padrões (2ª Pd. 2.1-3,12-19). 


Os falsos evangelhos, voltados a interesses humanos, necessidades e alvos egoístas, gozarão de popularidade nota). 


A apostasia moral, que é o abandono da comunhão salvífica com Cristo e o envolvimento com o pecado e a imoralidade. Esses apóstatas poderão até anunciar a sã doutrina bíblica, e mesmo assim nada terem com os padrões morais de Deus (Is. 29.13; Mt..23.25-28. 


Muitas igrejas permitirão praticamente tudo para terem muitos membros, dinheiro, sucesso e prestígio (ver nota sobre  1ªTm 4.1 na BEP).

O Evangelho da cruz, com o desafio de sofrer por Cristo (Fp 1.29), de renunciar todo pecado (Rm 8.13), de sacrificar-se pelo reino de Deus e de renunciar a si mesmo será algo raro (Mt. 24.12; 2ªTm 3.1-5; 4.3).

Tanto a história da igreja, como a apostasia predita para os últimos dias, advertem a todo crente a não pressupor que o progresso do reino de Deus é infalível na sua continuidade, no decurso de todas as épocas e até o fim. 


Em determinado momento da história da igreja, a rebelião contra Deus e sua Palavra assumirá proporções espantosas. No dia do Senhor, cairá a ira de Deus contra os que rejeitaram a sua verdade. Veja (1ª Ts. 5.2-9).


O triunfo final do Reino de Deus e sua justiça no mundo, portanto, depende não do aumento gradual da igreja professa, mas da intervenção final de Deus, quando Ele se manifestará em glória ao mundo com justo juízo (Ap 19—22; ver notas na BEP em 2ª Ts. 2.7,8; 1ª Tm. 4.1;  2ªPd. 3.10-13 e na epístola de Judas.


Um evento determinante deverá ocorrer antes do aparecimento do “homem do pecado” e do Dia do Senhor começar (2.2,3), que é a saída de alguém (2.7) oude algo, que o “detém”, resiste, ou refreia a atuação plena do “mistério da injustiça” e o “homem do pecado” (2.3-7). Por enquanto o espírito do ANTICRISTO age por detrás dos bastidores.


Quando o restringidor do “homem do pecado’’ for retirado, então se dará o início do Dia do Senhor (2.6,7). Dia de juízo.


O que agora o detém é uma referência ao Espírito Santo, pois somente Ele tem poder de deter a iniquidade desenfreada, o agir pleno do homem do pecado e de Satanás (2.6).

Esse que agora o detém ou resiste (2.7), leva no grego o artigo definido masculino e ao mesmo tempo o artigo definido neutro, em 2.6 (“o que o detém”). 


De modo semelhante, a palavra “Espírito” na língua grega pode levar pronome masculino ou neutro.

Ver Gn. 6.3; Jo 16.8 nota BEP, bem como Rm 8.13 - Gl 5.17, sobre a obra do Espírito Santo a restringir o pecado.

No começo dos sete anos de tribulação, o Espírito Santo será “afastado” (v. 7).

Isso não significa ser Ele tirado do mundo, mas que cessará sua influência restritiva à iniquidade e ao surgimento do Anticristo.


Todas as restrições contra o pecado serão removidas, e começará a rebelião inspirada por Satanás. O Espírito Santo, todavia, agirá na terra durante a Grande Tribulação, convencendo pessoas dos seus pecados, convertendo-as a Cristo dando-lhes oportunidade de arrependimento e poder(Ap 7.9, 14; 11.1-11; 14.6)

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