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terça-feira, 1 de junho de 2021

O FALAR EM LÍNGUAS

 DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE


Uma das maneiras do Espírito Santo manifestar-se é através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes (1ª Cor. 12.7-11). Essas manifestações do Espírito visam à edificação e à santificação da igreja (12.7; ver 14.26 nota - BEP)


Esses dons e ministérios não são os mesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11, mediante os quais o crente recebe poder e capacidade para servir na igreja de modo mais permanente. A lista em 12.8-10 não é completa. Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentes maneiras.

 

Em 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o Espírito Santo concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos.

 

Como o presente artigo tem por objetivo focar no DOM DE LÍNGUAS, elencaremos apenas quais são os outros dons espirituais para o cristão com as referidas passagens, concentrando-se na explanação do Dom de Línguas.

 

1) Dom da Palavra da Sabedoria (12.8);

2) Dom da Palavra do Conhecimento (12.8);

3) Dom da Fé (12.9);

4) Dons de Curas (12.9);

5) Dom de Operação de Milagres (12.10);

6) Dom de Profecia (12.10);

7) Dom de Discernimento de Espíritos (12.10);



8) Dom de Variedades de Línguas (12.10). 

No tocante às “línguas” (gr. glossa, que significa língua) como manifestação sobrenatural do Espírito, notemos os seguintes fatos: 

 

I) Essas línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra, e.g., “línguas... dos anjos” (13.1; ver cap. 14 notas). A língua falada através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (14.14), como pelos ouvintes (14.16). 

 

II)   O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus (i.e., na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do espírito mais do que da mente (14.2, 14) e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da atividade da mente (cf. 14.2, 15, 28; Jd 20). 

 

III) Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (14.3, 27,28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja (cf. 14.6). 

 

IV) Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas pelo Espírito, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (14.27,28).

 

9) Dom de Interpretação de Línguas (12.10). 

Trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a igreja reunida, pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do Espírito Santo. 

A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (14.6, 13, 26). A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las (14.13). 

 

AOS CESSACIONISTAS

Aos cessacionistas deixo dois comentários. Um da Bíblia de Estudo Pentecostal sobre 1 ª Coríntios 13:8 e outro do Pr. Ciro Sanches Zibordi.

 

Vamos primeiro a nota explicativa sobre 1ª Co 13:8 na Bíblia de Estudo Pentecostal:

 

"Os dons espirituais, como profecia, línguas e ciência terminarão no fim da presente era. A ocasião em que eles cessarão é descrita assim: "quando vier o que é perfeito" (v. 10), ou seja, no fim da presente era, quando, então, o conhecimento e o caráter do crente se tornarão perfeitos na eternidade, depois da segunda vinda de Cristo (v. 12; 1.7). Até chegar esse tempo, precisamos do Espírito e dos seus dons na congregação. Não há nenhuma evidência aqui, nem em qualquer outro trecho das Escrituras, de que a manifestação do Espírito Santo através dos seus dons cessaria no fim da era apostólica"¹

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1.Bíblia de Estudo Pentecostal - Nota sobre 1ª Coríntios 13:8, pág 1759

 

 PR. CIRO COMENTA:

"John MacArthur, um crítico ferrenho do Pentecostalismo, não se limita a dizer que o dom de línguas cessou depois da era apostólica. Segundo ele, Paulo nunca permitiu ou atribuiu ao Espírito a ideia “de que todos os membros da congregação deviam explodir ao mesmo tempo em uma cacofonia desordenada, como ocorre com frequência nas igrejas carismáticas contemporâneas [...]. De fato, uma das acusações mais fortes contra o movimento carismático moderno é a forma desordenada, egoísta e caótica em que se pratica a falsa glossolalia” (MACARTHUR, p. 152).


Embora concordemos que haja muitos abusos promovidos por movimentos pseudopentecostais, esse irmão cessacionista ignora o fato de que a promessa alusiva ao revestimento de poder diz respeito “a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.39). MacArthur parece desprezar o padrão consistente revelado por Lucas, que narra uma experiência distintiva do batismo no Espírito subsequente à regeneração, evidenciada pela glossolalia (cf. 8.14-17; 10.46; 19.6).

 

Aliás, os relatos lucanos “não somente revelam esse padrão, mas também ensinam que falar em outras línguas é normativo para a doutrina e prática cristãs” (WYCROFF, p. 449). Não há problema em os membros da congregação falarem em línguas ao mesmo tempo, num momento de glorificação a Deus coletiva, já que todos são edificados, e a igreja, fortalecida na fé dando glória a Deus. Ao desprezar a glossolalia, chamando-a de “cacofonia desordenada”, MacArthur ignora que ela “é um meio de autoedificação espiritual. Junto com o dom de interpretação de línguas, edifica a congregação” (PALMA, p. 91).² - [ grifos  meus].

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2.  Ciro Sanches Zibordi, "Línguas como evidência, glossolalia e xenolalia"

Clicando no link abaixo você pode conferir o artigo na íntegra:

http://www.cpadnews.com.br/blog/cirozibordi/apolog%C3%83%C2%A9tica-crist%C3%83%C2%A3/233/linguas-como-evidencia-glossolalia-e-xenolalia.html

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Artigo Extraído da Bíblia de Estudo Pentecostal - DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE, págs 1756 à 1758.

 

"...sabendo que fui posto para a defesa do Evangelho".

Filipenses 1:17

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