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quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Nós, os salvos, nos reconheceremos nos céus?

 UMA PERGUNTA QUE POR INCRÍVEL QUE PAREÇA AINDA DEIXA MUITAS DÚVIDAS EM MUITOS CRISTÃOS 


Uma das grandes preocupações daqueles que perdem os seus entes queridos está relacionada à pergunta: “Nós, os salvos, nos reconheceremos nos céus?”

Começaremos a responder essa pergunta com uma pergunta retórica: “Há, na Bíblia, algum versículo que afirme, de forma clara, que nós, os salvos, não nos reconheceremos nos céus?” A resposta é: Não!

Ora, se não há nenhum versículo afirmando o contrário, pelo menos em princípio podemos dizer que temos a metade do problema resolvido. Resta-nos, portanto, examinarmos as Escrituras para saber se há alguma passagem a favor da ideia de que nós, os salvos, nos reconheceremos no céu.

Depois de algum tempo de pesquisa descobrimos pelo menos cinco passagens bíblicas que parecem favorecer a posição de que nós nos reconheceremos lá no céu. [ Da mesma forma os ímpios reconheceram-se no inferno].


A PRIMEIRA PROVA

A primeira passagem encontra-se no evangelho segundo Mateus que diz:

“Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa com Abraão, Isaque, e Jacó, no reino dos céus”. (Mt. 8:11-ARC)

[Esses fatos (tomar suco de uva e sentar-se à mesa com Abraão, Isaque e Jacó) ensinam que no Céu iremos nos alimentar – evidência clara de que seremos seres reais e sociais.]

Ora, nós não conhecemos os três patriarcas descritos no texto, mas provavelmente, os reconheceremos por meio de uma revelação especial, que, segundo acredito, ser-nos-á concedida para que possamos reconhecê-los no céu, [e com certeza por que seus nomes serão citados no Livro da Vida, citados no próprio céu, pelo próprio Jesus.]

[No céu, não nos  esqueceremos de quem somos ou fomos na terra e quem são nossos familiares queridos. Não sofreremos nenhuma espécie de “lavagem cerebral].


A SEGUNDA PROVA


A segunda passagem encontra-se, também, em Mateus, no episódio da transfiguração onde lemos:

“Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte. E transfigurou-se diante deles, e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes tornaram brancas como a luz.

E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: “Senhor, bom estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés e um para Elias ”. (Mt 17:1-4).


Como Pedro, nessa visão que teve (Mt. 17:9), sabia que se tratava de Moisés e Elias? Existem apenas duas possibilidades: 

a) Jesus, no dialogo que teve com os dois personagens pronunciou os seus nomes. Mas vale lembrar que isso é uma conjectura, uma possibilidade e não uma afirmação das Escrituras; 

b) houve uma revelação especial visto que Pedro não os conhecia e a distância entre Pedro e Moisés, principalmente, era de mais de mil e quatrocentos anos. 

Mas o mesmo Cristo que lhe concedeu a visão poderia muito bem lhe dar a revelação de quem era os personagens com os quais estava falando.


A TERCEIRA PROVA

A terceira prova de que nós, os salvos, nos reconheceremos nos céus fundamenta-se no fato de que na passagem - e não parábola - do Rico e Lázaro, o rico, mesmo estando em tormentos no inferno(Hades), teve uma visão dos céus, e reconheceu a Lázaro no seio de Abraão, isto é, no Paraíso, no lugar de intimidade. (Lc 16:19-31; 2Co 12:1-4).


Essa prova para mim é bastante convincente pelo fato de não se tratar de um salvo reconhecendo o outro no céu, mas de um ímpio, perdido e atormentado, no inferno, reconhecendo um salvo que estava no céu, no seio de Abraão, no Paraíso. (2Co 12:1-4)


A QUARTA PROVA

A quarta prova é bastante plausível, pois é atestada no fato dos discípulos terem reconhecido a Jesus após a sua ressureição. Mesmo que eles tenham demorado um pouco, talvez por conta das últimas imagens que eles tiveram de Jesus, no Getsêmani, onde ele, provavelmente, estivesse bem diferente por causa da dilatação de vasos que tivera enquanto orava (Lc 22:44) e logo depois, quando sofreu a tortura do flagelo romano, e pela crucificação ou mesmo por causa do corpo da ressurreição, isto é, corpo glorificado. [Evidente que a fisionomia de Jesus antes da crucificação, também deve ser levada em conta, pois foi lembrada pelos discípulos, a final de contas foram 3 anos e meio vivendo o ministério com Jesus.]

Quando Jesus ressuscitou mostrou aos discípulos as mãos e os pés, para eles verem que o Salvador era de carne e ossos, que era Ele mesmo.


A QUINTA PROVA


A quinta prova consiste no fato de que Estêvão reconheceu Jesus à direita de Deus:

“mas ele, estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos ao céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus (At 7:55)

Poderíamos ainda aduzir os seguintes argumentos:

a) Eu creio que as nossas boas lembranças não serão destruídas;

b) Estaremos num estado de perfeição; na nossa plena capacidade mental e espiritual;

c) Seremos ressuscitados com o mesmo corpo, nossa aparência, não mudará, no entanto ressuscitaremos em corpos glorificados, teremos um corpo de glória, incorruptível (1ª Co. 15).


A SEXTA PROVA

Diz a Bíblia:

"E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro".

Apocalipse 21:14


Como não vamos nos reconhecer uns aos outros diante de um texto como esse onde diz que no céu veremos os nomes dos doze apóstolos de Jesus e que estarão lá, assim como Moisés, Samuel, Davi, Daniel, e tantos outros servos de Deus. 

 

A SÉTIMA PROVA

O último capítulo da Bíblia diz:

"E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão.
E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome."

Apocalipse 22:3,4


Ou seja, nome fala de identidade, de ser real e que se relaciona com outem. Seres sociais que viverão em plena e perfeita comunhão e união comemorando a vitória de estar sempre na presença do Rei dos reis e Senhor dos senhores.


CONCLUSÃO

"E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.

E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas".

Apocalipse 21:3,4


À luz dessas explicações podemos dizer QUE SIM,  que nós, os salvos, entes queridos nos reconheceremos lá no céu, [não podendo afirmar com certeza de como será esse relacionamento, nem explicar com exatidão se o laço afetivo idêntico que nos unia aqui na terra, será de igual forma. Mas segundo as evidências mostradas nestes artigo, os salvos e entes queridos com certeza se reconhecerão no céu, de uma forma especial, a qual esse blog não sabe explicar com exatidão de como será no céu esse relacionamento.]


[Essa é uma das esperanças dos filhos de Deus. Davi disse que reencontraria seu filho após a morte.]


["E disse ele: Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se DEUS se compadecerá de mim, e viverá a criança?
Porém, agora que está morta, por que jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim".]

2º Samuel 12:22,23


Não sabemos explicar com exatidão como será esse relacionamento e como será o nível desse relacionamento com nossos entes queridos no céu, mas Deus que é sábio, já preparou tudo isso, por que não criou meros robôs, ou seres alienados.

O Reino de Deus é um reino dinâmico e social. Deus é um Deus de relacionamento com seus filhos. 

Será uma nova dimensão, com um novo propósito e os sofrimentos não mais existirão. 


NOTA 1: COLCHETES SÃO MEUS.

NOTA 2 :  Todos os direitos reservados ao autor do referido artigo, Pr. Elias Soares de Moraes, extraído de sua obra: "Perguntas difíceis de responder"  - Pergunta 54- Nós, os salvos, nos reconheceremos nos céus?, pág. 278.

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Filipenses 1:17

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