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sexta-feira, 9 de julho de 2021

JESUS MORREU ESPIRITUALMENTE ?

ALÉM DA MORTE FÍSICA, JESUS MORREU ESPIRITUALMENTE ?


   

 

A Bíblia sempre foi atacada pelos falsos mestres, ateus e céticos e com a doutrina que estuda Cristo - Cristologia - não é diferente. O estudo da natureza, ofícios, divindade, humanidade, e ressurreição de Cristo, etc, também sempre foram atacadas pelos falsos teólogos e inimigos do Evangelho.


Uma das maiores aberrações teológicas propagadas pelos adeptos da Confissão Positiva é que Jesus, além de morrer fisicamente, teria que morrer espiritualmente para ter que pagar pelos nossos pecados. 

 

Nomes como Kenneth Hagin, Kenneth Hagin Jr. (filho), Kenneth e Glória Copeland, T. L. Osborn, Fred Price, Hobart Freeman, Charles Capps, Jerry Savelle, John Osteen e Lester Sumrall, entre outros. 

 

No Brasil, na mesma linha teológica temos a "Apóstola" Valnice Milhomens, que publicou diversas obras, entre elas, “Personalidades Restauradas” e “Orando a Palavra”. A "apóstola" afirma que para que nossos pecados fossem expiados Jesus teria que morrer espiritualmente também.

 

ANALISANDO

 

Uma das afirmações de Kenneth Hagin que merece atenção é a de que a morte física de Jesus não removeria os nossos pecados e por isso ele teve que provar a morte espiritual e sofrer no inferno antes da sua ressurreição.   Diz ele: 


“(…) ao morrer na cruz, Jesus recebeu uma natureza satânica, foi feito pecado, desceu ao inferno em nosso lugar e lá foi atormentado três dias e três noites pelo diabo. Jesus teve que morrer espiritualmente para pagar pelos pecados do homem no inferno, pois sua morte física e seu sangue derramado na cruz foram insuficientes para fazer a expiação. 

Depois de três dias no inferno, Jesus nasce de novo e derrota os poderes das trevas, completando no inferno a expiação que havia começado na cruz. O Jesus nascido de novo ressuscita e é elevado à mão direita do Pai. Hoje ele tem poder para devolver à Igreja tudo o que ela havia perdido para o diabo através da queda de Adão e Eva.”

 
Kenneth Hagin ainda afirma:

 

 “Seu espírito, seu homem interior, foi para o inferno em nosso lugar (…) A morte física não removeria os nossos pecados. Provou a morte por todo homem — a morte espiritual (…) A morte espiritual significa mais do que a separação de Deus. A morte espiritual significa ter a natureza de Satanás (…) Jesus se fez pecado. Seu espírito foi separado de Deus, e Ele desceu para o inferno em nosso lugar (…) Lá embaixo na masmorra do sofrimento — lá nos fundos do próprio inferno — Jesus satisfez as reivindicações da Justiça para todos nós (…) Deus no céu disse: ‘É suficiente’. Depois, O ressuscitou. Trouxe seu espírito e alma para cima, tirando-os do inferno.




Os defensores da morte espiritual de Cristo desejam mostrar que, para que a expiação de Cristo fosse eficaz e completa, Ele deveria morrer espiritualmente. O problema desta ideia é que “morte espiritual” pressupõe pecaminosidade e para que Jesus morresse espiritualmente, teria que ter pecado, o que contradiz a própria Escritura: 

“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” 

(Hb 4.15 ).

 

Valnice Milhomens, fazendo um comentário de Isaías 53.9  durante um programa de televisão, afirmou que a palavra “morte”, no texto original, está no plural – “mortes” – o que significaria que Jesus morreu duas vezes, física e espiritualmente, o que contraria o ensino cristalino das Escrituras.

 

Um dos versículos preferidos pelos propositores deste ensino é 2ª Coríntios 5:21:

 

"Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus".

 

Vejamos o que diz a nota da Bíblia de Estudo Pentecostal sobre o texto em tela:

 

"As Escrituras não declaram em nenhum lugar que Cristo foi "pecador". Ele sempre permanece como o imaculado Cordeiro de Deus. Cristo tomou, sim, nossos pecados sobre si, e Deus Pai o fez objeto do seu juízo ao tornar-se Ele uma oferenda na cruz pelos nossos pecados (Is 53.10). Jesus, ao sofrer o nosso castigo na cruz, tornou possível a Deus perdoar os pecadores, sem violar sua própria justiça"

(Bíblia de Estudo Pentecostal, pág 1777).

 

Os conceitos levíticos de substituição e atribuição são a plataforma de 2 Coríntios 5:21. Jesus não se tornou literalmente pecado; o pecado foi-lhe atribuído simbolicamente. As Escrituras ensinam claramente que o sacrifício de Jesus foi uma oferta substitutiva apropriada porque era uma oferta SEM PECADO. 

 

Pedro baseia-se nos símbolos levíticos quando escreve que somos redimidos com o "precioso sangue, como de Cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo" 

(1 Pedro 1:19). 

 

O escritor aos Hebreus também faz o mesmo quando declara que "Cristo... a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus" (Hebreus 9:14). Aqui, novamente, como em 1 Pedro 1:19, "sem mácula" (anomos) refere-se a uma exigência levítica de um sacrifício externamente perfeito. 


Afirmar que além da morte física de Jesus, Jesus teria que morrer espiritualmente por que sem a morte espiritual nossos pecados não seriam removidos e que apenas a morte física não seria suficiente é contradizer as Escrituras. 

 

Observe Hebreus 10:19, 20: 

"Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne".

 

Efésios 2:13 afirma:

 "Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo".

 

Sobre tudo, no Calvário antes de Jesus entregar o seu espírito Ele deu um "grande brado” registrado em Marcos 15.37 ou com “grande voz” registrado em Mateus 27.50: e proferiu a frase: “ESTÁ CONSUMADO” registrado em João 19.30.

O termo grego TETELESTAI, como em aramaico (moshallam), significa "dívida paga" ou "liquidado".

 

O brado de Jesus declara que Cristo concluiu a obra da redenção completa na cruz, entregando ao Pai o seu espírito, indicando triunfo, e não um mero “está acabado” como um derrotado. Ele foi crucificado, mas vitorioso, cumpriu a sua missão com sucesso, Aleluia!  

 

 Oséias 4-6: Tetelestai: Está Consumado! As Últimas Palavras de Jesus

 

Ou seja, o termo usado por Jesus; "ESTÁ CONSUMADO", significa "ESTÁ COMPLETADO", "ESTÁ PAGO", significando que, tudo o que era necessário para a salvação do homem foi completado na cruz, deixando claro que o suposto sofrimento no inferno ou morte de espiritual de Jesus vão além de heresias, mas chegam a blasfêmia. 


Recorramos novamente a nota de estudo de Mateus 27:50 da Bíblia de Estudo Pentecostal:

Cristo profere suas últimas palavras, bradando alto: Está consumado (Jo 19.30). Este brado significa o fim dos seus sofrimentos e a consumação da obra da redenção. Foi paga a dívida do pecado humano, e o plano da salvação cumprido. Feito isto, Ele faz uma oração final: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito (Lc 23.46).

(Bíblia de Estudo Pentecostal, pág 1450).

 

 

NÃO EXISTE FUNDAMENTO BÍBLICO ALGUM PARA AFIRMAR QUE PARA QUE A OBRA DA EXPIAÇÃO FOSSE COMPLETA JESUS TIVESSE QUE MORRER ESPIRITUALMENTE E ATÉ SOFRER  NO INFERNO. 

 

Verdade que Jesus desceu ao inferno, mas desceu VITORIOSO, conforme já retratado nesse blog. Clicando no link abaixo você acompanha o artigo:

 👇👇👇

http://oraculosdivinos.blogspot.com/2019/01/jesus-desceu-ao-inferno-vitorioso.html 


A DESCIDA DE CRISTO AO HADES

Sobre a descida de Jesus ao hades é claro ao afirmar que Cristo morreu na carne, e não no espírito, e que foi vivificado antes de pregar aos espíritos em prisão, o que deixa um problema significativo para a interpretação de que Jesus ficou no hades sendo torturado ou pagando pelos nossos pecados:

 

“Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no Espírito; no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão".  (1ª Pe 3.18,19)

 

Vejamos o comentário da Bíblia de Esboços e Sermões sobre a morte e descida de Jesus ao Hades.

 

Sua morte na cruz Deus satisfaz por completo e cobre os pecados e morte de homens para sempre.

 

 


ANTES DA RESSURREIÇÃO

 



A Primeira Carta de Pedro  - COMENTÁRIO ESPERANÇA, do autor Uwe Holmer, diz o seguinte:

"Jesus em verdade foi morto na carne, mas vivificado no espírito. Pela concatenação da frase, a ênfase cai sobre a segunda afirmação: vivificado no espírito. Depois que Jesus foi morto na carne – dano maior os inimigos não lhe puderam causar – foi vivificado no espírito. 

Isso não significa que o Espírito de Jesus tivesse morrido. Não existe na Escritura nenhuma referência a que Jesus também tivesse morrido “no espírito” (cf. Lc 23.46). 

O termo grego zoopoiein pode significar, além de “vivificar”, também “avivar”. 

Podemos entender isso no sentido de Rm 8.36 (“Somos mortificados o dia todo”) e de 1Ts 3.8 (“porque agora vivemos, se estais firmes no Senhor”). 

Das citações depreendemos que as palavras “matar”, “viver”, bem como “avivar”, podem ser entendidas no sentido da obtenção de forças adicionais de morte, respectivamente de vida. Cristo foi morto na carne, porém no espírito foi avivado para uma eficácia nova, maior (cf. Fp 2.9). 

Morto na carne pode dar um reforço a essa ideia. Sua encarnação significou rebaixamento, limitação de sua eficácia. Agora isso foi desfeito, e o espírito está completamente livre para uma atuação irrestrita, de abrangência mundial".




Em 1 Pedro 3:19-20 Jesus Cristo proclamou o seu triunfo, a vitória de Sua morte e ressurreição para os espíritos em prisão e à desobediência dos dias de Noé. 

O que isto significa? 

Isso significa que logo após a morte de Cristo, entre a cruz e a Sua ressurreição, Ele foi antes de os espíritos em prisão e proclamou que a promessa da salvação de Deus foi cumprida Nele, o Salvador do mundo. 

 

NADA, ABSOLUTAMENTE NADA INDICA ALGUM TIPO DE SOFRIMENTO NO INFERNO, NEM MUITO MENOS QUE TENHA OCORRIDO UMA MORTE ESPIRITUAL. 


Como Jesus poderia ter sofrido no inferno ou ter passado por uma morte espiritual ?

Como isso ocorreria se quando expirou Ele disse: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito" Teria ele entregado um espírito morto ao seu Pai ?

Como, se momentos antes Ele prometeu ao ladrão arrependido que naquele mesmo dia estaria com ele no Paraíso ?

Como se em Eclesiastes o diz que após a morte o espírito retorna  à Deus ?

Como pode uma morte espiritual encaixar-se dentro deste contexto ?

 

 CONCLUSÃO

 

Cristo antes da ressurreição foi até os espíritos dos rebeldes na prisão do inferno e proclamou que a salvação de Deus tinha sido concluída. Ele mesmo era o Salvador e Messias do mundo, o cumprimento das profecias do Antigo Testamento, bem como a promessa da salvação de Deus. A fé de Noé (e a fé de todos os crentes) agora foi cumprido. Noé e os outros sete membros de sua família foram verdadeiramente salvos e todos aqueles que morreram crendo na promessa da vinda do Messias. 



Afirmar a morte espiritual de Cristo é, além de uma heresia, uma ideia blasfema. Tais ensinos não combinam com a ortodoxia e devem ser rejeitados pela comunidade cristã. 

 

O sacrifício de Cristo na cruz foi suficiente e eficiente, pois Jesus, “subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte [física], e morte de cruz” (Fp 2.6-8).

 

Por falar em cruz, foi lá mesmo que Jesus riscou “o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário”, removendo-o do meio de nós. Ainda na cruz, Jesus despojou “os principados e potestades, os exibiu publicamente e deles triunfou” (Cl 2.14,15). 

E Finalmente, na cruz, o Redentor declarou decisivamente: “Está consumado” (Jo 19.30).

 

Colaborou com a elaboração desse artigo:

https://www.saberefe.com/teologia/doutrina-da-salvacao/jesus-morreu-espiritualmente/

Bíblia de Estudo Pentecostal

Bíblia de Esboços e Sermões - Nova Versão Internacional - Comentários sobre 1ª Pedro

Primeira Carta de Pedro  - COMENTÁRIO ESPERANÇA - Autor: Uwe Holmer

SUPER CRENTES - O Evangelho Segundo Kenneth Hagin, Valnice Milhomens e os Profetas da Prosperidade, por Paulo Romeiro - Editora Mundo Cristão, São Paulo.

 

 

"sabendo isto, que fui posto para a defesa do Evangelho"

Filipenses 1:17



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