A SOBERANIA DE DEUS NO CALVINISMO
E NO ARMINIANISMO

Uma tática muito usada por calvinistas é igualar determinismo com soberania,
como se a tese determinista deles fosse a única que realmente aceitasse a
soberania de Deus.
Assim, a coisa mais comum do mundo é vermos calvinistas,
de forma desonesta, trocando o termo determinismo por soberania, para
fazer parecer seu determinismo algo mais “bíblico”.
INSINUAR que todos aqueles que NÃO SÃO DETERMINISTAS... não creem na soberania de Deus. Pura falácia!
E como a Soberania de Deus é biblicamente um ensino indiscutível, muitos são levados a crer no Determinismo, por serem ludibriados por Calvinistas Desonestos que tentam convencer as pessoas que Determinismo e Soberania são a mesma coisa e que qualquer coisa que difira desse pensamento, significa que NÃO SE CRÊ na Soberania de Deus.
Ou seja, além das inúmeras acusações que recaem sobre os arminianos, de serem universalistas, de defenderem a salvação por méritos humanos ou serem semi-pelagianos, calvinistas também, de forma desonesta, acusam arminianos de não crerem na Soberania de Deus!
Evidente que o Arminianismo defende a doutrina da plena Soberania de Deus, tão ou ainda mais forte ainda que Calvinistas. Como diz Olson:
"O Arminianismo Clássico vai muito além da crença na providência geral para incluir a afirmação de envolvimento intimo e direto de Deus em todos os eventos da natureza e da história.
"O Arminianismo Clássico vai muito além da crença na providência geral para incluir a afirmação de envolvimento intimo e direto de Deus em todos os eventos da natureza e da história.
A única coisa que a visão Arminiana da soberania de Deus necessariamente exclui é a autoria de Deus do pecado e do mal. Os fiéis seguidores de Armínio sempre acreditaram que Deus governa o universo inteiro e toda a história.
Nada pode acontecer sem a permissão de Deus e muitas coisas são especificamente e diretamente controladas e causadas por Deus. Até mesmo o pecado e o mal não escapam da governança providencial de Deus na teologia Arminiana Clássica. Deus os permite e os limita sem desejá-los ou causá-los".
(Olson, Roger E., Arminian Theology: Myths and Realities (2006: InterVarsity Press, Downers Grove, IL), pág. 116)
Ainda:
Nada pode acontecer sem a permissão de Deus e muitas coisas são especificamente e diretamente controladas e causadas por Deus. Até mesmo o pecado e o mal não escapam da governança providencial de Deus na teologia Arminiana Clássica. Deus os permite e os limita sem desejá-los ou causá-los".
(Olson, Roger E., Arminian Theology: Myths and Realities (2006: InterVarsity Press, Downers Grove, IL), pág. 116)
Ainda:
"Deus é soberano sobre Sua soberania. Em outras palavras, Deus pode (e aparentemente o faz) limitar Seu poder para permitir que os humanos se oponham à Sua vontade — até certo ponto.
Tudo o que acontece (diz o arminianismo) está dentro da vontade soberana de Deus — quer a vontade antecedente de Deus ou a vontade consequente de Deus.
A vontade antecedente de Deus é que todos sejam salvos; a vontade consequente de Deus (após a Queda) é que todos os que creem sejam salvos.
Tudo o que acontece (diz o arminianismo) está dentro da vontade soberana de Deus — quer a vontade antecedente de Deus ou a vontade consequente de Deus.
A vontade antecedente de Deus é que todos sejam salvos; a vontade consequente de Deus (após a Queda) é que todos os que creem sejam salvos.
Fontes: Roger Olson, in:Arminianismo perguntas frequentes - Tudo o que você sempre quis saber.
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Em nenhum lugar da Bíblia é sequer insinuado que SOBERANIA é sinônimo de DETERMINISMO ou que Arminianos não creiam na Soberania de Deus. Isso são espantalhos criados por calvinistas tentando deturpar o verdadeiro significado do que é o verdadeiro Arminianismo.
Determinismo é uma coisa, soberania é outra.

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Há duas palavras gregas comumente traduzidas por “soberano” no Novo Testamento. Uma
é dunastes, que, de acordo com a Concordância de Strong, significa: “príncipe, potentado;
cortesão, alto oficial, ministro real de grande autoridade” (1414), e a outra é despotes, que
significa: “mestre, Senhor” (1203).
É digno de nota que não há nenhum léxico que inclua
determinar cada ação como um sinônimo ou mesmo um atributo necessário para essa
soberania. São coisas diferentes. Ser soberano é ser senhor sobre tudo, é ter controle e
domínio sobre todas as coisas; determinismo, por outro lado, é determinar cada ato do
indivíduo, o que vai muito além do conceito básico de soberania.
O Calvinismo crê que Deus é soberano porque determina todas as coisas.
O Arminianismo crê que Deus é soberano porque tem todas as coisas sob seu controle. Ambos creem que Deus é o único e verdadeiro soberano da criação. Nenhum crê em um Deus deísta, que cria tudo e depois senta de braços cruzados e deixa tudo para o acaso decidir.
A diferença é que, para os arminianos, as duas coisas – a glória de Deus e o amor de Deus – não podem ser divididas.
No Calvinismo Deus é escravo de sua Soberania. No Arminianismo não. Ou seja, Soberania, não significa Tirania.
Consequentemente, uma teologia da SOBERANIA de Deus que faz dele o autor do pecado e do mal e que o transforma em um ser pior que o diabo e não pode ser tolerada.
Embora tanto o determinismo como o indeterminismo honrem teoricamente o sentido lógico de soberania, apenas o indeterminismo faz jus também aos outros atributos de Deus, dentre eles o amor.
Uma doutrina da soberania que afoga os outros atributos de Deus, é simplesmente absurda e não pode ser considerada como ortodoxa e genuíno evangelho deixado por Cristo e pelos apóstolos!
CONCLUSÃO
Segundo o Calvinismo, apenas esse sistema pode explicar a soberania de Deus sobre a natureza
e história; e ainda AFIRMAM: a menos que Deus preordene e controle cada evento, até
os mínimos detalhes da existência e até cada pensamento e intenção
da mente e coração, Deus não pode ser soberano.
Biblicamente falando, este não é o significado de “soberania” em nenhum contexto humano. Uma pessoa soberana está no comando, mas não no controle do
que acontece em seu domínio. Deus pode guiar o curso da natureza e
história para seu objetivo planejado e garantir que a natureza e história
cheguem ao fim desejado sem controlar tudo.
Deus é como o mestre
de xadrez que sabe como responder a cada jogada que seu oponente
faz. Não há perigo de que a vontade final divina não seja feita. Na verdade, o Calvinismo não consegue explicar a Oração do Pai Nosso que
nos ensina a orar “seja feita sua vontade, assim na terra como no céu”,
que sugere que a vontade de Deus não é sempre realizada na terra. De
acordo com o Calvinismo , ela é.
(Fonte: "Contra o Calvinismo", por Roger Olson, pág 297).
Em resumo, tanto calvinistas como arminianos creem firmemente na soberania de Deus, mas de forma diferente. O calvinista limita a Deus a um ponto onde ele não pode criar seres livres e continuar sendo soberano, pois crê que só há soberania se há determinismo. Por esta linha, Deus só é soberano se determina o pecado.
(Fonte: "Contra o Calvinismo", por Roger Olson, pág 297).
Em resumo, tanto calvinistas como arminianos creem firmemente na soberania de Deus, mas de forma diferente. O calvinista limita a Deus a um ponto onde ele não pode criar seres livres e continuar sendo soberano, pois crê que só há soberania se há determinismo. Por esta linha, Deus só é soberano se determina o pecado.
O arminiano, ao contrário, crê na soberania de Deus, por Ele ter todas as coisas
sob seu controle, e por nada acontecer a não ser sob a sua permissão. Assim
sendo, Deus pode determinar algo soberanamente da mesma forma que pode
permitir atos livres e permanecer sendo soberano, e Deus pode ser soberano
mesmo sem ser pecador. Uma visão que, ao meu ver, parece ser muito mais
lógica e bíblica.
"sabendo que fui posto para a defesa do Evangelho"
Filipenses 1:17
Colaboração: Calvinismo e Arminianismo. Quem está com a razaão ? Lucas Banzoli - Com adaptações
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