O que a Bíblia diz ?
Aqueles aos quais foram dirigidas essas palavras eram cristãos
hebreus, que, desanimados e perseguidos (10:32-39), estavam
tentados a voltar ao Judaísmo.
Antes de serem novamente
recebidos na sinagoga, requeria-se deles que, publicamente,
fizessem as seguintes declarações (10:29): que Jesus não era o
Filho de Deus; que seu sangue havia sido derramado justamente
como o dum malfeitor comum; e que seus milagres foram operados
pelo poder do maligno.
Tudo isso está implícito em Hebreus 10:29. Que tal repúdio da fé podia haver sido exigido, é ilustrado pelo
caso dum cristão hebreu na Alemanha, que desejava voltar à
sinagoga, mas foi recusado porque desejava conservar algumas
verdades do Novo Testamento.
Antes de sua conversão havia
pertencido à nação que crucificou a Cristo; voltar à sinagoga seria
de novo crucificar o Filho de Deus e expô-lo ao vitupério; seria o
terrível pecado da apostasia (Heb. 6:6); seria como o pecado
imperdoável para o qual não há remissão, porque a pessoa que
está endurecida a ponto de cometê-lo não pode ser "renovada para
arrependimento"; seria digna dum castigo mais terrível do que a
morte (10:28); e significaria incorrer na vingança do Deus vivo
(10:30, 31).
Não se declara que alguém houvesse ido até esse ponto; de
fato , o autor está persuadido de "coisas melhores" (6:9). Contudo,
se o terrível pecado da apostasia da parte de pessoas salvas não
fosse ao menos remotamente possível, todas essas admoestações
careceriam de qualquer fundamento.
Myer Pearlman, "Conhecendo as Doutrinas da Bíblia" - Editora Vida:2006, pág 173.
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